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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Retaliação sem motivo

 Não há explicação plausível para a necessidade que muitos adolescentes têm de retaliar, muitas vezes com exageros, instituições que por muito tempo os acolhem ou acolheram.
 Para lhes fazer entender meu ponto de vista, peço que parem e pensem em quantas vezes vocês escreveram nas classes das inúmeras salas de aula que frequentaram, quantas vezes escreveram ou até riscaram a porta do banheiro de colégios, talvez até do seu trabalho. Pensem nos colegas que vocês sacaneavam por "não ir com a cara dele". Recordem-se das bolinhas, canetas, apontadores e afins que lançaram contra o ventilador de seu reduto de ensino. Pois é.
 Mas por que será que, quando crianças/adolescentes, sentíamos essa vontade de mostrar que não estávamos satisfeitos? Garanto que muitos dos que estão lendo esse post já escreveram frases de Che Guevara ou qualquer outro autor, contanto que fosse um dizer de bravura ou apenas de não-acordo com o cotidiano.
 Nós nos comportávamos da mesma forma.
 Obviamente, não poderíamos nos contentar apenas com as atitudes corriqueiras e tradicionais que nossos colegas de escola já eram adeptos, então agíamos de forma diferente.
 Como normalmente estávamos reunidos na parte da noite durante a semana inteira, resolvemos fazer incursões na então minha ex-escola, atual escola do Tucano, nunca-escola do Ronaldo, Bimbo, Lula, mas que com o mesmo entusiasmo nos apoiavam nas investidas.
 Quando penso nesse assunto, me recordo de momentos aleatórios, que aconteceram em diferentes vezes que atentamos contra aquele recinto, assim como da vez que resolvemos trancar os portões de acesso com cadeados levados de casa, forçando que a entrada escolar fosse alterada providencialmente no dia subsequente.
 O engraçado era que mesmo quando não estávamos pensando em fazer nada, apareciam oportunidades, tal qual a vez que encontramos um grande rato morto, já em estado inicial de decomposição, e resolvemos depositá-lo na rampa de acesso no portão principal da escola.
 Quando as necessidades fisiológicas (sólidas) se faziam improrrogáveis, era de bom proveito ter uma sacola plástica à mão para ali depositar os resíduos, e poder atirar sobre o muro da mesma instituição.
 Colocamos, certa vez, vários pacotinhos de suco na caixa d'água, mas infelizmente não ficamos sabendo se deu algum resultado.
 Entretanto, com certeza as vezes que invadimos a sala da banda foram as mais arriscadas. Já que a escola contava com uma empresa de segurança particular e de resposta imediata, nossas ações eram rápidas e objetivas. O objetivo ninguém sabia, mas eram rápidas. Demorávamos menos de um minuto para escalar o alto muro, subir na marquise, entrar pela janela previamente aberta por nós, dar uma volta lá dentro e sair. Sair correndo muito.
 Agora me lembro que teve também, os rojões dentro de tomates podres e latas de tinta... mas isso é assunto para outro post.

Ps: Ninguém ficou ferido ou saiu prejudicado com essas histórias. Só pra constar.



Entregue por: Maicon Wallauer

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A seca que perturba o homem

 A estiagem é um mal que não afeta apenas o nordeste Brasileiro, assim como afetou a linda cidade de Queenstown.
  Enquanto haviam algumas pessoas que eram rápidas, como citei o caso do nosso amigo dedilhador no último The Reeslândia, tinha também os que não contavam com tanta sorte.
 O Demétrius* era um cara singular, sempre de bem com a vida, astral lá em cima, e depois que desfez o gelo com o pessoal, se tornou um amigo pra se levar pra vida toda.
 E ele ia quente pra balada, sempre insano, tomava tudo o que tinha pela frente, tudo mesmo, e não tinha tempo ruim. Alvejava de armamento pesado as meninas da festa, mas parece que ele não era muito bom de mira.
 Se passaram 6 meses (me corrijam se eu estiver errado), e o pessoal não aguentando mais a ineficácia dos ataques do Demétrius, resolveu colaborar de uma maneira infalível.
 Juntamos dinheiro entre os amigos, cada um colaborou com um pouco, e ao vermos que tínhamos um valor considerável, entregamos nossa doação ao nosso querido Demétrius, deixando bem claro os propósitos da caridade.
 Na cidade havia apenas uma "casa de massagem", e não era merecedora de grandes elogios devido a qualidade do produto oferecido. Mas pra quem está com fome, qualquer angú é banquete.
 Após sua aula do curso de inglês que fazia durante a noite, Demétrius resolveu pôr fim à seca e enfim regar a plantação, e aumentando do próprio bolso a contribuição espontânea da galera se dirigiu ao centro de entretenimento.
 O dia seguinte foi de alegria geral, já que podíamos ver o alívio estampado no rosto do rapaz.
 Bem verdade que valeu a pena ter dado início a recuperação da lavoura, já que começou a chover bem em suas terras logo depois.
 Já que falávamos em seca de 6 meses, imagina quem viveu nela por 1 ano e meio? Claro que dizia que era por pura opção, mas lembramos bem que em uma festa em Dunedin (trip que terá um post especial), ele conseguiu, enfim, "ficar" com uma garota, essa veio a desmaiar em seguida devido ao estado de embriaguês no qual se encontrava, mas gol é gol e não importa se foi de mão.
Infelizmente não temos fatos reais de recuperação de safra nesse caso, tendo em vista que o sujeito retornou ao Brasil da mesma maneira que havia saído.
 O que realmente conta nesse caso é que Demétrius provou a teoria de que depois que tiramos a "zica", as coisas fluem com mais facilidade. E hoje ele vive em São Léo, tem uma namorada, ela provavelmente não deixará que ele passe mais aqueles maus momentos.

*Nome real omitido.

Obs: Impressionante como vocês não entregam os nomes reais dos citados nos posts. Mas nem precisa né?!  Hehehehe!


Sarcasticamente estampado por: Maicon Wallauer

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Rapidinha do dia - Tradições de aniversário

 Os aniversários, principalmente entre pessoas do sexo masculino, sempre são marcados por atos que normalmente trazem injúria, hematomas, ou vergonha ao aniversariante. Tal como desferir "cascudos" em quantidade equivalente a idade, dar um "pacote" (socos e chutes), montinho ou, por que não, puxar as cuecas até arrebentar.
 Essa última opção é usada por nós até hoje, mas antigamente fazíamos algo mais elaborado.
  Lembro bem do aniversário do Adriano (o Bimbo) que fizemos um coquetel com produtos encontrados em casa, como azeite, shampoo, vinagre, etc. E lembro também que o cheiro não foi dos melhores.
 Mas acredito eu, que o banho que demos no Tucano contava com ingredientes um poco mais peculiares.
 Naquele ano, Vinícius, Aurélio, Bimbo e eu, depois de misturar os tradicionais, azeite, vinagre, ovo, farinha, café, sucos, alvejantes... Resolvemos andar pela rua para incrementar com ingredientes não tão... corriqueiros.
 Na rua, adicionamos ao nosso preparo excrementos animais frescos encontrados no caminho, terra, e algo que deu um toque especial: Um passarinho morto.
 O banho no Tucano foi apenas engraçado até o momento em que o pássaro morto escorreu pela cabeça dele. Aquilo sim foi hilário.

Nota: Os banhos não causaram injúrias maiores, apenas pequenas coceiras e vermelhidão que não perduraram por muitos dias.

Obs: Essa é a segunda história com pássaro morto, teria eu alguma tendência macabra? Naaaaaah... só coincidência! o.O


Memória refrescada por: Aurélio
Bucólicamente redigido por: Maicon Wallauer

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Talles Machadinho

 As reações do corpo a bebida alcoólica é distinta a cada pessoa. Uns ficam bobalhões, outros ficam garanhões, e alguns perdem a noção das coisas.
 De 15 em 15 dias o pessoal que trabalhava na obra tinha que pagar suas dívidas. Tínhamos a tradição de que pra cada erro cometido no trabalho, éramos obrigados a pagar uma caixa de cerveja na sexta-feira posterior ao nosso pagamento.
 Algumas pessoas, como o Filhão, já comprava as caixas adiantado sabendo que alguma besteira iria fazer. E tinha também o Ruy, que era o rei da matação, que nunca pagava suas dívidas. Também porque se pagasse iria provavelmente gastar todas suas economias.
 As reuniões aconteciam na casa do Filhão, por ela ser grande, ter uma mesa de sinuca, e se situar ao lado da obra.
 Fim do dia de trabalho na sexta-feira, fomos todos pra casa do Filhão. Cada um com sua devida caixa de cerveja na mão.
 Já com todos semi-embreagados, o Ramon pegou o celular novo do Filhão e foi até o banheiro, na volta o entregou para a então "ficante" do Filhote, que olhou e se assustou com a foto do visor, entregando o celular pro Filhão. Filhão ao ver a foto de um pênis como papel de parede no celular, ficou atucanado tentando tirar, mas como o celular era novo, ele demorou um bom tempo até tirar aquela foto.
 O Talles perdia o controle quando passava da conta na bebida. Ficava com um extinto destruidor inexplicável. Mas dessa vez ele foi além.
 Nesse dia o Talles estava alterado (é impressionante como todo baixinho é marrento), ele pegou um machado e foi descontar seu excesso de energia em uma carro que há muito estava abandonado entre a obra e a casa do Filhão. Quebrou faróis, vidros, deu machadada no capô, no porta mala, e então retornou para beber um pouco mais.
 Nesse mesmo dia o Filhão praticamente desmaiou de tão bêbado ao lado da lareira. E ele só acordou quando sentiu o calor das chamas que emanavam de pedaços de papel e lenha jogados sobre ele. Sim, tocaram fogo no Filhão.
 O apelido de Talles Machadinho pegou, permanece até hoje.
 Vale lembrar que o carro que o Talles queboru pertencia a um conhecido nosso que também trabalhava na obra, tendo que ser pago pelo Talles. Saiu caro a brincadeira.

Ps: Aposto que o Talles vai reclamar que escrevi que ele é marrento.


Requisitado por Talles Machado
Honrosamente escrito por: Maicon Wallauer

terça-feira, 23 de novembro de 2010

The Reeslândia - Episódio 4 - Calças molhadas

 Eu gostaria muito de não precisar usar pseudônimos, mas infelizmente não existem boas histórias sem uma boa dose de vergonha. E nessa, a dose é grande e bem molhada.
  Morar fora do Brasil é muito bacana, principalmente por conhecermos pessoas que não fizeram parte de nossas vidas até então. Cada um com uma personalidade própria, cultura diferente, costumes, e por aí vai.
  No The Rees Project tinha pessoas de todos os tipos, quietos, faladores, engraçadinhos, irritados, e por que não dizer... inocentes.
 O Róbson era um cara engraçadão, vivia rindo de tudo, inventando apelidos. Era o tipo de cara que tu não pode bobear, não pode falar nada que possa ter duplo sentido porque ele sempre vai te ganhar.
 O Ruy era um ogro, tudo pra ele era na base da porrada, tanto que uma vez se perdeu usando a esmerilhadeira e a passou na própria perna. Uma pessoa normal iria embora, ou no mínimo na enfermaria, o Ruy achou graça e continuou trabalhando.
 Isso sem falar no dia que o Ruy voltou de férias no Brasil, alguns Kg mais gordo do que ostentava antes de partir. Mesmo assim ele queria usar as mesmas roupas, o que acarretou em ter que aceitar o apelido de "Carla Péres" que irrevogavelmente lhe foi dado, devido ao quão justo estava seu calção.
 E tinha o Cássio (identidade real oculta), que era um cara muito amigável, inteligente, trabalhador, e depois disso que vou contar, um tanto quanto inocente.
 Na Nova Zelândia, por ser um país turístico onde as pessoas não passam muitos dias em cada cidade, se tu "fica" com alguém em uma festa, tu "dorme" com ela. Afinal de contas vocês provavelmente não se verão mais.
 Claro que se tu acabar a noite com alguém que também more na cidade, é bom não fazer feio, porque a notícia vai repercutir. E nesse caso repercutiu, no lugar errado.
 Em uma manhã qualquer no The Rees, o Cássio chega no smoko time e resolve contar a experiência que teve na noite passada, antes que chegasse aos nossos ouvidos por outra fonte.
 Ele resolveu tomar essa atitude porque a menina envolvida na história, trabalhava no mesmo lugar que a então namorada do Tucano, e ele temia que elas conversassem a respeito fazendo com que de qualquer maneira nós tomássemos conhecimento.
 Então, contou o Cássio, que naquela noite ele havia bebido mais que a cota, havia "ficado" com uma menina, em seguida dirigindo-se a casa dela. Lá foi aquela história, sexo sem compromisso.
 Acredito que todos aqui já sonharam que estava urinando, e quando acordaram, ou estavam realmente urinando, ou estavam prestes a molhar as cuecas. Pois é.
 O Cássio teve esse infeliz sonho justo na noite em que estava acompanhado, e vendo que o trabalho pluvial estava todo umedecendo o colchão, resolveu sair de fininho antes que a garota acordasse e ele tivesse que se explicar. E nunca mais falou com ela.
 Não falou com ela, mas contou a história pra nós.
 O Diego (Petardo) se encarregou de produzir uma fralda de pano e pendurar no teto do smoko time, e na falta de criatividade do nosso pessoal, ficou o apelido de "mijão" mesmo.
 E piadas de todos os gêneros foram adaptadas para que pudéssemos encaixar o Mijão nela.

Fato curioso: A menina que acordou toda molhada, nunca contou nada para a então namorada do Tucano. Ou seja, nós nunca seberíamos se o Cássio não tivesse nos contado.



Ironicamente divulgado por: Maicon Wallauer

Gincanas do União

 Quem morou na Scharlau lembra bem das Gincanas do União.
 Vinha gente de vários lugares de São Leopoldo, e até de cidades vizinhas para participar ou apenas prestigiar. Era muito divertido.
 Nós tínhamos uma equipe, lógico. Nossa equipe era a "Equi Tigrão". Não, não tinha nada a ver com funk, afinal de contas isso aconteceu em 1999, e a onda de funk estourou no ano 2000.
 Nosso primeiro ano de participação não foi muito empolgante no quesito competitividade, mas no quesito boas risadas, isso foi.
 Não tínhamos estrutura alguma, era um bando de moleques de 14 ou 15 anos correndo pra baixo e pra cima.
 Na prova de caça ao tesouro, que consistia em seguir pistas e chegar a um tesouro correndo por todos os cantos do bairro, enquanto os outros seguiam de carro ou moto, nós bravamente corríamos de bicicleta.
 Lembro de ter passado acordado a primeira madrugada. Lula e eu ficamos falando bobagem e rindo a noite toda, enquanto as outras equipes nos mandavam calar a boca.
 Mesmo não deixando ninguém dormir naquele ano, ficamos em décimo lugar e levamos o título de equipe mais disciplinada.
 No segundo ano foi melhor, no auge da "moda" funk, nos limitanos a manter nosso nome de equipe e levar na camiseta os dizeres "sou tigrão mas odeio funk".
 Mas nesse ano nossa equipe estava afiada, levamos as tarefas mais a sério. Mas esse não é o foco desse blog.
 Gosto sempre de lembrar que o Lula não tem pneu de chuva, pois quando choveu e os corredores de terra que seguiam entre as barracas ficaram molhados, o Lula derrapou mais que o Rubinho na fórmula 1. Incessantes tombos nos colocavam sorrisos nos rostos.
 O Vinícius nos proporcionou momentos de alegria quando resolveu dormir enquanto todos permaneciam acordados. Um sono tão profundo que nos deu a liberdade de amarrar seus tênis um no outro(sim, ele dormiu de tênis), pintar ele inteiro, colocar maionese no seu ouvido e borrifá-lo com um pouco de água, e então ele levantou ainda adormecido, tentou um passo, em vão, e no que tentou outra vez ele caiu, caiu na lona molhada e ali voltou a dormir. Dormiu até o momento em que o sempre sem noção Alemão resolveu banhá-lo com uma jarra de água gelada.
 Lembro também do sono do Carlos deitado sobre pregos no melhor estilo Faquir de dormir.
Foram tantos rápidos momentos de alegria, que eu nunca conseguiria escrever tudo aqui. E mesmo esse post não sendo lá muito engraçado, me sentia na obrigação de registrar sobre a Gincana do União, que por muitos anos foi tradição no nosso bairro.
 Só pra constar, no nosso segundo ano ficamos em terceiro lugar. Bela melhora não?!




Homologado por: Maicon Wallauer

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

The Reeslândia - Episódio 3 - Maníaco da Frankton

 Essa acontecido não é especificamente ligado ao The Rees, mas como ele foi divulgado e registrado lá, o post leva esse nome.
 Talvez eu tenha esquecido de citar o nome do Eduardo quando falei dos amigos que trabalhavam juntos no The Rees Project, mas ele foi membro importantíssimo da nossa equipe.
 O Eduardo era rápido na noitada, não tinha tempo ruim. Enquanto o Filhão pegava qualquer uma que aparecesse, o Eduardo se garantia nos "filés". E olha que não era tão fácil assim achar um filé na noite de Queenstown.
 Ele não era um cara pra casar, bem que ele tentava se envolver seriamente com as meninas, mas essa não era a praia dele, ele era um cara pra todas, sem exclusividade.
 Teve uma menina que ele namorou por um bom tempo, mas ele já estava cansado do compromisso e queria terminar. Ela viajou pro Brasil para passar férias, e de lá avisou o Eduardo que estava grávida dele. Fato que fez com que ele repensasse seu estilo de vida, concluindo que deveria se esforçar e continuar o relacionamento.
 Ela retornou a Queenstown e foi morar com ele, que começou a desconfiar de sua gravidez.
 Garoto criado na rua, no meio da molecada, tem malandragem e não é facilmente enganado. Dessa forma, em uma ligação que ela estava fazendo ao Brasil, para falar com o médico que estava acompanhando a gravides dela, Eduardo pegou o telefone de sua mão para falar com o médico, mas não havia ninguém do outro lado da linha. E foi nesse momento que nasceu a expressão "doctor nobody", ou Dr. Ninguém em bom português. Relacionamento terminado.
 Mas eu falava que o cara era rápido, tão rápido que certa vez ele deu carona para uma menina que estava na Frankton Road, mas obviamente o destino não foi o que ela queria. No meio do caminho ela já tinha o domínio da situação, já tinha a garota envolvida em seu charme.
 Ele disse que ela estava ligeiramente alcoolizada, e usava roupas convidativas. Além disso, respondia positivamente a todas suas investidas. Caminho aberto pro sucesso.
 Não me lembro pra onde ele a levou naquele dia, mas sei que ele disse que só o que não fizeram foi consumar o ato em si. O resto, tudo concretizado.
 O engraçado da história foi que a menina tinha namorado, e quando chegou em casa não soube explicar nem onde, nem com quem estava. E por isso ela contou sobre nosso amigo Eduardo, que havia lhe dado carona e feito "coisas horríveis" a ela contra sua vontade. Sendo assim, o namorado a obrigou a prestar queixa na polícia, que obviamente intimou o Eduardo a esclarecer os fatos.
 Ao Eduardo nada aconteceu judicialmente, pois foi entendido que houve o consentimento da garota, devido ao alto teor de álcool no sangue.
 E no The Rees mais uma lenda surgia, o maníaco da Frankton.
 Claro que omiti o verdadeiro nome do protagonista, mas quem estava lá sabe bem.
Cabe dizer aqui, que hoje em dia ele é um rapaz sério, cansou da vida de solteiro e juntou as escovas de dentes. Vive fielmente com sua namorada em Porto Alegre.

Obs: Eduardo, se alguém entregar sua identidade nos comentários, não posso fazer nada.


Exigido por Guilherme Ribeiro
Relatado por Maicon Wallauer

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Juventude ativista!

 Protestar pacificamente é uma das maneiras que o povo tem de reinvidicar seus direitos, ou demonstrar sua opinião contra o governo, seja ele qual for.
 Obviamente, jovens ativistas que éramos e somos, tivemos nossa história de luta.
 Estudei, entre outras, na escola Augusto Meyer. Escola que me traz ótimas recordações, mesmo tendo visíveis problemas de infra-estrutura e administração.
 Alguns de meus melhores amigos estudaram lá no mesmo período que eu, como o Vinícius, Aurélio, Dudu e Lula.
 Com certeza alguns fatos ocorridos nesse tempo foram, e serão citados aqui, pois inúmeras pérolas foram protagonizadas tendo a Escola Augusto Meyer como picadeiro.
 Teve a vez que furamos a gaita do professor de religião, que insistia em querer tocar músicas de igreja em toda e qualquer aula. Posteriormente ele fez uma rifa para pagar pelo conserto da gaita, fato que nos comoveu tanto, que tirávamos os cabos de vela da moto dele de vez em quando. Era engraçado ver ele "batendo" pedal até a exaustão antes de notar a sabotagem.
 Mas esse post é sobre democracia, ativismo e protestos, e foi nessa mesma escola que nossa veia política aflorou.
Era época de eleições para diretor(a) na escola, e haviam duas candidatas. Uma era a atual diretora pleiteando a reeleição, e a outra era sua vice lutando pela escalada hierárquica.
 O Vinícius e o Aurélio, que nunca foram muito pontuais, estavam a um atraso de serem suspensos. E se atrasaram nas vésperas da eleição.
 Nossa diretora era esperta, e habilidosamente os isentou da suspensão, mas não antes de reforçar para que votassem nela para continuar no topo da administração escolar.
 Chantagem.
 Esse fato chegou aos ouvidos da nossa professora de ciências, que indignada foi de sala em sala incentivando um protesto pacífico, já que estávamos na escola, e aquele era o lugar que deveríamos formar nosso caráter.
 Mediante a possibilidade de "matar" aula, olhei pra rua e vi que alguns timidamente começavam a sair da sala, o que nos encorajou a fazer o mesmo.
 Uns gritavam entoando frases de protesto, outros ficaram sentados conversando com seus amigos. Nós ficamos na sala protestando da maneira errada.
 Pegamos parquês soltos do chão e atiramos no quadro, riscamos paredes e em um ato impensado tentei amassar a lata de lixo na basculante da sala. A lixeira nada sofreu, pena eu não poder dizer o mesmo do vidro da janela.
 Preparamos alguns cartazes que salientavam os 50kg a mais que a diretora alojava em seu corpinho. Escritos da pior maneira possível.
 Não, meus amigos, os cartazes não foram apenas erguidos para que ficassem visíveis a todos, não era o suficiente. Nos esgueiramos por entre algumas pessoas e adentramos a secretaria para colarmos na mesa da diretora, mas infelizmente fomos surpreendidos pela secretária que recolheu todos cartazes.
 E foi assim que o Vinícius e o Aurélio, graças a sua pontualidade britânica, fizeram com que perdêssemos um dia inteiro de aula.
 Perdemos também algumas horas nos dias posteriores, explicando nossa conduta incondizente com "protesto pacícifico", antes proposto pela professora.
 Mas nada aconteceu com nós pois estávamos há um dia de votar para eleger nossa nova diretora. Que perdurou no cargo por quase 10 anos mais.

Ps: Chamar a diretora de "porca gorda baleia assassina" não é uma boa idéia.


Saudosamente divulgado por: Maicon Wallauer

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um drink diferente

 Mais uma vez vou ter que usar pseudônimos, pois a identidade revelada implicaria no distúrbio do bem estar do sujeito.
 Houve um tempo em que a caixa de cerveja no Disk Ceva era R$38,00. É sério mesmo! R$1,50 por garrafa! Uma barbada.
Nós aproveitamos algumas vezes, pois éramos um tanto quanto novos, e poderíamos arranjar complicações por bebermos. Tínhamos em torno de 15 anos de idade acredito eu.
 Em uma noite quente, estávamos em um pequeno grupo de amigos, e resolvemos pedir uma caixa de cerveja já que não havia muito o que fazer. Assim fizemos.
 A cerveja chegou, branquinha de tão gelada, nos acomodamos em cadeiras de abrir em frente a minha antiga casa, que se situa na A.V. Thomas Edson.
 As garrafas se esvaziando, e os jovens candidatos a desenvolver uma bela cirrose começaram a demonstrar sinais de embriagues. Estávamos alegres.
 Eu diria que estávamos "no milho", expressão adotada por alguns para substituir a expressão "no brilho", afinal de contas quem está bêbado não pronuncia as palavras direito, e acaba soando "no milho". Enfim.
 Já estavam todos devidamente anestesiados devida a quantidade ingerida, e como de costume, as bexigas cheias tem que ser esvaziadas.
 Por comodidade, usávamos os arbustos do canteiro central da avenida como mictório, e em uma dessas visitas ao banheiro, o Sagui teve uma idéia um tanto quanto, digamos, marota.
 Ele pegou uma garrafa de cerveja vazia, e discretamente foi até o nosso mictório e recheou ela com sua urina. Voltou ele com a garrafa na mão, já não se aguentando de tanto rir.
 Em um ato de pura maestria, trocou a garrafa "batizada" pela garrafa de cerveja que estava ao lado do Pedro (nome fictício), mas não antes de reabastecer o copo do Pedro.
 O Pedro, que nada viu, tomou um gole de sua refrescante cerveja. No entanto, reclamou que ela já estava quente, a jogou fora, e encheu o copo com "aquela" cerveja.
 Novamente tomou um gole, que não chegou a ser totalmente ingerido devido a reação de todos, que já não estavam mais em seus lugares, e sim correndo e gritando pela avenida.
 Acho que cabe dizer que o Pedro cuspiu, vomitou, agrediu verbalmente a todos, antes de seguir em direção à sua casa.
 Até hoje ficamos desconfiados quando deixamos nosso copo de cerveja desprotegido.


Divulgado por: Maicon Wallauer

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Dudu no Paraguai

É pessoal, não foi dessa vez que o Dudu trouxe o caneco de mestre da cozinha pra Scharlau. Mas valeu a participação.
Valeu Dudu, estamos esperando o dia que nos convidará para enfim degustar o prato campeão da etapa RS.

Nota da redação: O Dudu não trouxe muamba, não insistam.




Registrado por: Maicon Wallauer

Rapidinha do dia - Lula e o Wolwerine

Entre tantas situações inusitadas que aconteceram durante as brincadeiras de polícia e ladrão que costumávamos fazer quando adolescentes, assim como a vez em que o dono da casa, a qual estávamos em cima do muro, nos correu de 38 na mão, me vem à memória a história do Lula com o Wolwerine.
Nos escondemos em um terreno baldio, que era cercado por aquelas plantas cheias de espinho, aquelas que a gente arranca a folha e tem aquela meleca branca grudenta. O pessoal nos achou lá e eu saí correndo, pulei a cerca viva e sumi. Mas o Lula não teve tanta sorte.
 Na verdade o Lula tem um histórico de tombos bem relevante, assim como da vez em que em uma demonstração de coisas de cultura brasileira na escola, ele foi dar uma "estrelinha" sem as mãos e caiu sentado na frente da turma toda.
 Bem, dessa vez, ele foi sair correndo pra pular sobre a cerca viva, engatou o pé em alguma raiz no chão, já no ar se virou de costas para o solo e caiu sobre os inúmeros espinhos da planta que cercava o terreno. Parecia que ele tinha entrado numa briga com o Wolwerine, e apanhado pra valer enquanto fugia, pois as costas deles ficaram arranhadas de cima a baixo.
 Foi engraçado por um bom tempo, já que as cicatrizes ficaram visíveis por algumas semanas.


Desenterrado por: Maicon Wallauer

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Chef Dudu representando no exterior

 Gostaria de comunicar, para aqueles que não sabem, que o Dudu (ilustríssimo parceiro do blog) venceu um concurso de Culinária em Porto Alegre há algumas semanas atrás. Esse ocorrido o qualificou para disputar um concurso internacional no invejado país chamado de Paraguai.
E o concurso é hoje! Uhuuuuul!
Então torceremos por ele daqui!
Sorte Dudu! Frita esse ovo direito!

Obs. para homens: Ele não vai trazer a Larissa Riquelme de lá.

Obs. para mulheres: O Dudu não vai trazer bolsas, sapatos, carteiras, perfumes, maquiagens, hidratantes, shampoos, sabonetes, desodorantes, cremes de cabelo, bijouterias, nem nada pra vocês. Não percam tempo pedindo.


Avisado por: Maicon Wallauer

Rapidinha do dia

 Ontem fomos eu, Michele, Tucano e Jéssica no show do Millencolin. Vendo aquele bando de gente subindo nas grades para pular sobre as outras pessoas, lembramos do histórico do Tucano em shows de punk hardcore.
 Em torno de 9 anos atrás, Tucano e eu estávamos no show do Replicantes no extinto Planeta 2000 em Novo Hamburgo.
 Todos pulando, a roda punk fervendo e eu em cima de uma caixa de som no canto do palco. Havia muita gente subindo no palco para se jogar na galera. O Tucano queria mais.
 Vi várias vezes ele subindo no palco, mas o que me chamou a atenção foi o momento em que ele subiu na caixa de som do lado oposto de onde eu estava. O Tucano pulou, mas pulou longe demais. Onde ele caiu já era aquele vazio logo atrás do amontoado de gente que fica espremido contra o palco. Seguraram os pés dele fazendo com que o corpo fosse projetado com ainda mais força contra o chão.
 O Tucano não tem esse apelido a toa. O nariz ostentado por ele é digno de estudo, não que seja tão grande assim, mas ele começa na testa. Fato que o faz ter a aparência fora do comum.
 Então ele foi de encontro ao chão, e eu só vi que ele sumiu no meio da multidão. Em seguida notei que ele levantou e correu para o banheiro. Fui ver o que tinha acontecido.
 No banheiro, eu consegui visualizar em imagem real a passagem da Bíblia que fala sobre o mar vermelho, tamanha cachoeira que tinha seu notável cheirador como nascente. Nariz quebrado.
 Agora vocês imaginem aquela napa inchada. É de chorar de rir.
 Mas o Millencolin ontem estava muito foda!


Expurgado por: Maicon Wallauer

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Perdidos na Selva!

 Essa história foi épica, quase trágica, mas épica.
 Domingo de outono, acredito que tenha sido em 2003, eu, Dudu, Tucano, Alan, Marcos e sua namorada que não lembro o nome, Davi e sua namorada Lili, Alemão, Luis, Angelise, Dogão e Rômulo, fomos passar o dia no sitio dos pais do Rômulo.
 O programa era pra ter sido clássico. Churrasquinho, conversa, cerveja, risadas. Tudo no padrão.
 Tinha um riacho bem pequeno que passava bem ao lado da casa, e o Dudu me avisou pra tomar cuidado. Eu, no auge de minha segurança malabarística, me pendurei em um galho sobre a água, galho que cedeu, envergou, e me largou deitado de costas na corredeira. Riem de mim por isso até hoje.
 E o dia apenas começando.
 Era o ápice do programa Jackass na MTV, e todos nós tínhamos mania de querer fazer algo sem noção.
 Era "montinho" atrás de "montinho", virar as pessoas que estavam deitadas na rede de cima de uma sacadinha. Laçasso com pano molhado nas costas. Coisas simples que não comprometeriam a saúde a longo prazo.
 Resolvemos então dar uma volta pela região, havia um morro bem arborizado e o sítio se situava ao pé desse morro. Resolvemos então subir lá para dar uma olhada no visual, fazer uma caminhada para curtir a natureza. Isso por volta das 15h.
 A Lili foi a única menina que topou a subida, as outras mulheres resolveram ficar em casa e iriam preparar a janta mais tarde. O Luis foi o único homem que arregou pro lance, e ficou junto com as meninas.
 Partimos então em direção ao morro, havia uma trilha que disse o Rômulo, conhecia muito bem.
 O começo da empreitada era complicado, subidas íngremes, muitos buracos e árvores, partes onde era necessário uma pequena escalada. Lili desiste.
 O restante do pessoal continua em frente, notando que o Rômulo já não se mostrava tão seguro quanto ao caminho a se seguir.
 O tempo foi passando, passamos por partes onde tivemos que nos segurar nas paredes, se agarrar em raízes que brotavam da parede, de maneira que conseguíssemos seguir em frente. E a luz do dia se esgotando.
 Com certeza não estávamos mais no caminho certo há muito tempo, pois ninguém abre uma trilha que passa por partes onde tem quedas livres muitos altas.
 A noite caía e não achávamos o fim do caminho nunca, todos preocupados, com sede, e um certo medo por estarmos no meio do mato sem enxergar praticamente nada a nossa frente.
 Não lembro quem que disse que precisava mijar, mas lembro bem da frase inesquecível que o Dogão largou em protesto: "Cara, não faz xixi agora, tu pode precisar dessa água depois."
 Ficou pra história.
 Continuamos nossa caminhada, e estava tão escuro, mas tão escuro que a luz de um relógio de pulso era usada para iluminar o caminho entre as árvores. Mas isso bem depois que o Marcos, utilizando de seus anos de serviços militares, queimou uma gandola em mais ou menos 17,6 segundos usando como tocha.
 Lembro quando quase caí em um buraco profundo, virei pra avisar quem  vinha atrás, quando vejo só a cabeça do Dudu de fora do buraco. Era tarde demais.
 Começamos a nos preocupar muitos, isso para não dizer desesperar. Tentamos voltar em alguns momentos mas se já foi difícil subir, imagina descer no escuro, impossível. Em certa hora o Alemão foi escalado, por ser o mais alto, para seguir na frente segurando a mão de alguém, a fim de verificar a profundidade de cada buraco e ribanceira que encontrávamos a frente.
 Calamos no momento em que o Tucano, usando dos últimos suspiros da bateria de seu celular, liga para mãe dele e aos gritos proclama as seguintes frases:
"TIANE! TIANE! CHAMA A MÃE RÁPIDO! Ô MÃE, CHAMA O RESGATE MÃE! NÓS ESTAMOS PERDIDOS NO MATO DA LOMBA GRANDE MÃE!"
 Mesmo estando violentamente preocupados, todos tiveram que rir, e muito. E ao mesmo tempo matutávamos em como seria ser resgatados de helicóptero.
 Seguimos em frente, suados, muito cansados, mas seguimos em frente.
 Chegamos ao alto do morro. Era um descampado onde avistamos uma estrada. Estrada que o Rômulo, do alto de seu conhecimento geográfico, disse que nos levaria de volta ao pé do morro. Visto que estávamos no alto dele, pra cima ela não iria.
 Na descida, ainda tivemos que fugir de cachorros que guardavam propriedades particulares que adentramos para podermos continuar o retorno.
 Além de tudo, pensávamos no desespero das pessoas que não tinham subido, deveriam estar muito preocupadas ligando para as autoridades locais para organizar uma busca.
 Chegamos de volta à casa, depois de sei lá quanto tempo caminhando. Encontramos o pai do Dogão, que por intermédio de alguém que lhe comunicou a ligação apavorada do Tucano, estava lá muito preocupado.
 Fomos ver as meninas para acalmá-las. Afinal estávamos bem. Nada adiantou, pois estavam alegremente alcoolizadas conversando e dando muita risada, sem ao menos notar que já tinha anoitecido e nós não estávamos lá.
 Salve a cerveja!


Requisitado por: Rômulo Negrini
Manuscrito por: Maicon Wallauer

sábado, 6 de novembro de 2010

The Reeslândia - Episódio 2 - Juvenaldo Juvenal

 30 minutos de natação sem parar é cansativo, não é?
Agora imagina 30 minutos de natação, atravessando um lago com a água na temperatura em torno de 10 graus, às 7h da manhã. Pois é, o Filhão fez isso.
Ele morava do lado oposto do lago em relação a obra que trabalhávamos, e cansado de perder muito tempo pedindo carona todo dia, resolveu atravessar o lago na base da braçada. Foi apenas uma vez, mas o suficiente para se tornar a lenda do The Rees.
 Façanhas inesperadas ocorriam de tempo em tempo, assim como um irlandes bêbado que deitou no chão para outro bêbado saltar de bicicleta sobre ele (posto esse vídeo um dia), obviamente não deu certo.
 Em uma segunda-feira, Ronaldo chega para trabalhar depois de um final de semana de praia, e traz consigo um adereço novo no seu carro.
 Ronaldo conseguiu atropelar um passarinho em plena vôo, mais do que isso, o passarinho ficou preso na grade de ventilação do carro com as asas abertas, tal qual Jesus na cruz.
 Retirei o pássaro, mas não tivemos coragem de descartá-lo. A partir daquele momento ele se tornou motivo de muitas risadas.
 Todo construtor usa um cinto de ferramentas, e nós também usávamos.
 Sorrateiramente o nosso pássaro, então batizado de Juvenaldo Juvenal, foi depositado no cinto do Lucas, sem que ele percebesse. O momento em que ele levou a mão ao cinto para pegar alguma ferramenta e retirou o Juvenaldo, não teve preço.
 Consequentemente o Lucas colocou ele no cinto de outro, esse passou pra outro, chegou até o capuz do Guilherme que ficou com ele por muito tempo até perceber do que todos estavam rindo. E passou pra outro.
 Amarrávamos o Juvenaldo em uma linha e descíamos ele de um andar ao outro depositando sobre os ombros de alguém que estava no andar abaixo. E assim foram aparecendo maneiras diferentes de surpreender os outros usando da boa vontade de nosso amigo sem vida.
 Ele passou por cintos, capuzes, ombros, bolsos, caixas de ferramenta, mas teve um fim.
 Depois que prenderam ele na antena do meu carro, fiz o mesmo na antena do carro do Lucas, mas amarrei tão forte que não teve outra maneira de retirálo a não ser amputando algumas partes. Fim do Juvenaldo Juvenal. 3 dias alegrando o pessoal.



Morbidamente digitado por: Maicon Wallauer

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Smoko Time at The Rees Project!

Deus abençoe essa zoeira!


Honrosamente adicionado por:  Maicon Wallauer

The Reeslândia Episódio 1 - Smoko Time!

Não há jeito melhor de começar a contar essa odisséia a não ser pela hora do lanche!
Os smoko times eram intervalos de 15 min cada, um pela manhã e outro pela tarde, que faziam os nossos dias no mínimo ficarem mais animados.
Aconteceram fatos extraordinários, como o dia em que havia ocorrido um terremoto durante a madrugada, e no smoko time da manhã seguinte sentimos mais um tremor.
Estávamos no sexto andar (se não me falha a caixa preta), todos sentados e tranquilos.
E como em todo trabalho, sempre há alguém que está sempre reclamando, o nosso alguém era o Sady, vulgo monoselha Dom Pedrito Lorena Tramanda.
Reclamava de praticamente tudo, e depois que aconteceu o terremoto então... VIXI!
Continuando, tremor de terra no smoko  time da manhã, todos se levantam e se direcionam para base do prédio por precaução. Sady não satisfeito, resolve superar o recorde mundial dos 100m com barreiras e sai em disparada. Derrapa na curva, botas de obra não são feitas para alta velocidade, cai deslizando e bate o joelho na escadaria. Mesmo assim foi o primeiro a chegar no destino. Reclama da sujeira no chão que o fez derrapar.
Um dia, o Marcão pôs a prova todas suas qualidades domésticas e colocou uma caneca de alumínio com água no microondas. Não preciso dizer o que aconteceu.
Mas tínhamos o rei das pérolas, uma pessoa sem maldade alguma no coração. Anderson Filhão.
Conversas variadas rolando pelo smoko time, eis que alguém fala que a irmã do Filhão era uma safada. Filhão sempre astuto, larga a pérola: "Se ela puxou o irmão, deve estar dando mais que chuchu na cerca!"
Um sonoro "BÃÃÃÃÃÃÃ" ecoou pelos quatro cantos daquele prédio, dando início a uma frase entoada outras inúmeras vezes.
Salve Filhão e suas frases de efeito!



Cavocado por: Maicon Wallauer

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Missões de reconhecimento

Ninguém sabe ao certo por que que gostávamos tanto de invadir prédios em construção, mas fazíamos isso o tempo todo.
Não existia um objetivo traçado, mas era bacana o fato de conhecer eles por dentro, entrar na casinha dos pedreiros, mexer nas ferramentas, roubar as revistas pornográficas, essas coisas.
Em uma dessas vezes, por brincadeira empurrei uma parede recém construída que veio a cair por inteiro, mas foi sem querer.
Em outra chance, entramos nessa mesma construção no horário do meio-dia, todos estavam trabalhando e não notaram nossa presença. Chegamos até a cozinha dos construtores e verificamos que eles estavam fazendo almoço, pois haviam deixado uma penela de arroz carreteiro cozinhando. Resolvemos então ajudar no tempero, despejando 1Kg de sal dentro da panela. Não esperamos para ver o resultado.
Dessa mesma construção fugimos algumas vezes, pois os donos do prédio sempre vinham no fim de semana visitar a obra, justamente nos horários que nós resolvíamos visitar ela também. Vale lembrar que uma vez Ronaldo e eu fugimos e deixamos meu primo se explicando para o proprietário.
Nosso bairro também era conhecido pelas gincanas que a sociedade União promovia anualmente. Pessoas de várias cidades normalmente vinham participar ou apenas prestigiar.
Mas o assunto aqui são nossas expedições, outra hora falaremos mais sobre as gincanas.
Acontece que nós estávamos precisando de cordas para nosso acampamento na gincana do União, e a grana já estava bem curta. A solução era uma só.
Em uma tarde de quinta-feira, Vinícius, Bimbo e eu, encontramos uma obra nova, perto da escola Sagrado Coração de Jesus. Entramos, caminhamos bastante lá por dentro e fomos embora.
Chegando em casa notamos que poderíamos conseguir as cordas que nos faltavam voltando aquela mesma obra que visitamos no início da tarde.
A obra tinha 2 andares, e um telhado bem alto.
Estávamos nós recolhendo as cordas que os pedreiros usavam para puxar baldes de concreto para o pavimento superior, quando ouvimos uns barulhos estranhos vindo do portão de entrada. O dono chegou. Não veio sozinho.
Algum filho da mãe tinha avisado o dono da obra que alguém tinha entrado lá, ele convocou um amigo, pegou seu revólver 38 cano longo, seu cachorro Rotweiller e fo até a obra.
Avistei do segundo andar os 2 homens entrando pelo portão da frente.
A casa tinha 2 entradas, uma ao lado da outra, separadas apenas por uma parede entre elas. Eles entraram por uma, eu saí pela outra.
O Bimbo pulou do segundo andar, enquanto o Vinícius estava preso em cima do telhado. E foi pego.
Tivemos todos que nos entregar, éramos amigos, amigos não deixam amigos na mão.
Os homens nos ameaçavam enquanto dizíamos que estávamos apenas conhecendo a obra inocentemente. Atiçavam o cachorro fazendo com que ele encenasse os movimentos de ataque. Eles focaram o Vinícius, que era o mais assustado, mas mal sabiam eles que o cachorro teria medo mais do Vinícius do que o contrário, já que a expressão no rosto dele era tão feia que cachorro nenhum teria coragem de encarar. Simplificando, o Vinícius estava tão desesperado que chegou a assustar até o pobre animal.
Depois de muitas explicações, conseguimos convencer os homens a nos deixar ir embora, sem as cordas.
E a gincana começou no dia seguinte.


Memória refrescada por: Marcos Vinícius Pohlmann
Psicografado por: Maicon Wallauer