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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Talles Machadinho

 As reações do corpo a bebida alcoólica é distinta a cada pessoa. Uns ficam bobalhões, outros ficam garanhões, e alguns perdem a noção das coisas.
 De 15 em 15 dias o pessoal que trabalhava na obra tinha que pagar suas dívidas. Tínhamos a tradição de que pra cada erro cometido no trabalho, éramos obrigados a pagar uma caixa de cerveja na sexta-feira posterior ao nosso pagamento.
 Algumas pessoas, como o Filhão, já comprava as caixas adiantado sabendo que alguma besteira iria fazer. E tinha também o Ruy, que era o rei da matação, que nunca pagava suas dívidas. Também porque se pagasse iria provavelmente gastar todas suas economias.
 As reuniões aconteciam na casa do Filhão, por ela ser grande, ter uma mesa de sinuca, e se situar ao lado da obra.
 Fim do dia de trabalho na sexta-feira, fomos todos pra casa do Filhão. Cada um com sua devida caixa de cerveja na mão.
 Já com todos semi-embreagados, o Ramon pegou o celular novo do Filhão e foi até o banheiro, na volta o entregou para a então "ficante" do Filhote, que olhou e se assustou com a foto do visor, entregando o celular pro Filhão. Filhão ao ver a foto de um pênis como papel de parede no celular, ficou atucanado tentando tirar, mas como o celular era novo, ele demorou um bom tempo até tirar aquela foto.
 O Talles perdia o controle quando passava da conta na bebida. Ficava com um extinto destruidor inexplicável. Mas dessa vez ele foi além.
 Nesse dia o Talles estava alterado (é impressionante como todo baixinho é marrento), ele pegou um machado e foi descontar seu excesso de energia em uma carro que há muito estava abandonado entre a obra e a casa do Filhão. Quebrou faróis, vidros, deu machadada no capô, no porta mala, e então retornou para beber um pouco mais.
 Nesse mesmo dia o Filhão praticamente desmaiou de tão bêbado ao lado da lareira. E ele só acordou quando sentiu o calor das chamas que emanavam de pedaços de papel e lenha jogados sobre ele. Sim, tocaram fogo no Filhão.
 O apelido de Talles Machadinho pegou, permanece até hoje.
 Vale lembrar que o carro que o Talles queboru pertencia a um conhecido nosso que também trabalhava na obra, tendo que ser pago pelo Talles. Saiu caro a brincadeira.

Ps: Aposto que o Talles vai reclamar que escrevi que ele é marrento.


Requisitado por Talles Machado
Honrosamente escrito por: Maicon Wallauer

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