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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Retaliação sem motivo

 Não há explicação plausível para a necessidade que muitos adolescentes têm de retaliar, muitas vezes com exageros, instituições que por muito tempo os acolhem ou acolheram.
 Para lhes fazer entender meu ponto de vista, peço que parem e pensem em quantas vezes vocês escreveram nas classes das inúmeras salas de aula que frequentaram, quantas vezes escreveram ou até riscaram a porta do banheiro de colégios, talvez até do seu trabalho. Pensem nos colegas que vocês sacaneavam por "não ir com a cara dele". Recordem-se das bolinhas, canetas, apontadores e afins que lançaram contra o ventilador de seu reduto de ensino. Pois é.
 Mas por que será que, quando crianças/adolescentes, sentíamos essa vontade de mostrar que não estávamos satisfeitos? Garanto que muitos dos que estão lendo esse post já escreveram frases de Che Guevara ou qualquer outro autor, contanto que fosse um dizer de bravura ou apenas de não-acordo com o cotidiano.
 Nós nos comportávamos da mesma forma.
 Obviamente, não poderíamos nos contentar apenas com as atitudes corriqueiras e tradicionais que nossos colegas de escola já eram adeptos, então agíamos de forma diferente.
 Como normalmente estávamos reunidos na parte da noite durante a semana inteira, resolvemos fazer incursões na então minha ex-escola, atual escola do Tucano, nunca-escola do Ronaldo, Bimbo, Lula, mas que com o mesmo entusiasmo nos apoiavam nas investidas.
 Quando penso nesse assunto, me recordo de momentos aleatórios, que aconteceram em diferentes vezes que atentamos contra aquele recinto, assim como da vez que resolvemos trancar os portões de acesso com cadeados levados de casa, forçando que a entrada escolar fosse alterada providencialmente no dia subsequente.
 O engraçado era que mesmo quando não estávamos pensando em fazer nada, apareciam oportunidades, tal qual a vez que encontramos um grande rato morto, já em estado inicial de decomposição, e resolvemos depositá-lo na rampa de acesso no portão principal da escola.
 Quando as necessidades fisiológicas (sólidas) se faziam improrrogáveis, era de bom proveito ter uma sacola plástica à mão para ali depositar os resíduos, e poder atirar sobre o muro da mesma instituição.
 Colocamos, certa vez, vários pacotinhos de suco na caixa d'água, mas infelizmente não ficamos sabendo se deu algum resultado.
 Entretanto, com certeza as vezes que invadimos a sala da banda foram as mais arriscadas. Já que a escola contava com uma empresa de segurança particular e de resposta imediata, nossas ações eram rápidas e objetivas. O objetivo ninguém sabia, mas eram rápidas. Demorávamos menos de um minuto para escalar o alto muro, subir na marquise, entrar pela janela previamente aberta por nós, dar uma volta lá dentro e sair. Sair correndo muito.
 Agora me lembro que teve também, os rojões dentro de tomates podres e latas de tinta... mas isso é assunto para outro post.

Ps: Ninguém ficou ferido ou saiu prejudicado com essas histórias. Só pra constar.



Entregue por: Maicon Wallauer

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