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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Retificacao!

Infelizmente as musicas nao ficaram prontas hoje, portanto serao divulgadas posteriormente.
Sem mais.




Corrigido por: Maicon Wallauer

Novidades a vista!!!

Pois eu sei que nao tenho  postado nada ultimamente. Acontece que a Ieux esta em studio gravando 2 musicas, portanto em breve elas serao divulgadas aqui.
As historias vao continuar, mas provavelmente apenas em 2011, ja que estarei em uma viagem de negócios em bombinhas por alguns dias. ; )
Amanha, musicas da Ieux, e em 2011, varias novas historias pra vocês poderem me encontrar na rua e perguntar se aquilo foi verdade!
Ate breve!



Comunicado por: Maicon Wallauer

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Quando dá errado é mais engraçado

 Isso é praticamente uma regra, não é?! Quando algum plano não dá certo, geralmente se torna mais engraçado do que deveria ser.
Assim como eu falei no post "Retaliação sem motivo", tínhamos o costume de avançar contra o patrimônio de uma certa escola.
 Às vezes não era nada planejado, e embalados por algum aditivo (nesse caso foi guaraná misturado com cachaça barata), resolvíamos fazer algo pra nos divertir, de maneira impensada.
 Nesses tempos o nosso amigo Bimbo andava com nós todo dia, e como ele era parente próximo dos macacos (pela facilidade que tinha de escalar prédios e árvores), sempre era quem tomava a frente das investidas.
 Acredito que tenha sido no mesmo dia que o conhecido personagem Scharlauense Rogério (faz tudo da Sociedade Guarani), no alto de seu estado de embriagues, nos disse que ele com sei lá quantos anos, ostentava um corpo de dar inveja, enquanto nós, jovens adolescentes, não conseguíamos mulher nenhuma por não ser como ele.
 Vale interromper a história pra dizer que esse mesmo Rogério, certa vez nos encontrou fazendo um churrasco na rua, e de tão sóbrio que estava aceitou a "cuba" que o Lula preparou à base de álcool de cozinha e coca-cola ao ver que o Rogério se aproximava. Sendo que ainda disse que nossa "birita" estava forte.
 Continuando... Foi no mesmo dia que saímos em direção a mesma escola, com uma lata de tinta azul, vários rojões e sem controlar direito os movimentos.
 Depois de tocarmos "tomates molotov" na escola, o Bimbo resolveu explodir a lata de tinta em cima da passarela que cruza a RS240, como não consegui ajustar o rojão já aceso com precisão, demorou tempo demais para liberar o explosivo, que detonou logo que o Bimbo apenas se abaixou, sujando ele inteiro de tinta azul.
 Nenhum de nós estava bem, eu estava em pé graças a alguma força do além, mas o Bimbo desmaiou logo em seguida.
 Arrastamos o Bimbo até o pronto socorro do bairro, com muita vergonha pois éramos um bando de moleques bêbados dando trabalho a médicos que estavam ali para ajudar quem realmente precisa.
 Eu deixei o Bimbo lá e segui pra minha casa pois já não conseguia mais me manter acordado.
 Ao amanhecer, abro os olhos e vejo o Bimbo no chão do meu quarto, enrolado no tapete, todo sujo de tinta. Depois descobri que no pronto socorro, aplicaram insulina no Bimbo, o Bruno e o Ronaldo arrombaram a janela do meu quarto literalmente jogando o Bimbo pra dentro. Visto que não conseguiriam levá-lo até em casa, pelo fato de ele morar um pouco longe, e pelo estado no qual ele se encontrava.
 Belos amigos não?!
 Bonito foi eu tentar explicar pros meus pais o por quê do Bimbo estar todo sujo e enrolado no tapete dormindo no chão do meu quarto.


Homologado por: Maicon Wallauer

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Rapidinha do dia - Filhão e a gorfada!

 Uma das experiências mais incríveis que tive até hoje foi saltar de pára-quedas.
 Fomos eu, Filhão e Alexandre, em um sábado de sol (sem referência a música dos mamonas assassinas). A ansiedade era tanta que o medo não se fazia presente.
 Os saltos correram super bem, sem nenhum imprevisto. Até o Filhão tocar o solo.
 Ao chegar na terra, Filhão, imediatamente após se desvencilhar das presilhas que o mantinham junto ao instrutor, devolveu ao meio ambiente o que havia comido de almoço. O momento exato do vômito está registrado em vídeo e poderá eternamente ser apreciado por quem possui tal cópia.
 O engraçado foi que logo após o desarranjo, o Filhão estendeu a mesma mão que tentou evitar o estrago, em cumprimento ao instrutor, que um pouco hesitante respondeu o agradecimento.






Dedicado a nosso querido amigo Alexandre, que mora em nossas lembranças e nossos corações.


Criptografado por Maicon Wallauer

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Dunedin... best trip ever!

Nesse post eu nao vou perder tempo corrigindo acentuação ou cedilhas (ja que meu computador nao os tem)... e vou me limitar a comentar sobre a melhor trip da minha passagem pela NZ. A trip de Dunedin.
O dia nao estava muito animador... naquele sabado, o ceu amanheceu nublado e carregado. Gotas de chuva quase nos fizeram desistir da viagem que estavamos preparando ha algumas semanas.
Segunda-feira era labor`s day (dia do trabalhador na NZ), portanto poderiamos ficar 3 dias inteiros na praia.
 Claro que conhecemos praias maravilhosas, vistas incriveis brindaram nossos olhos, mas a noite de sabado entrou pra historia. Quem esteve la, com certeza jamais ira esquecer.
 Era uma garrafa de Red Label, muita cerveja, muita mesmo, e alguns aditivos ilicitos a mais. Todos na mesma vibe.
 Partidas de sinuca sem fim aconteciam em um porao quase que esquecido do albergue em que ficamos, e a conversa fluia, e qualquer movimento fora do esperado era motivo pra todos explodirem em risadas exageradas. Gargalhadas de verdade.
 Esqueci de citar os presentes, aqui vao eles: Eu, Ronaldo, Talles, Marcao, Ramon, Alemao da Scharlau, Alemao do caminhao (ele e de Campo Largo-PR, mas como era motorista de caminhao em Queenstown, ficou esse apelido), Andre, Duda, Bruno e Filhao.
Ninguem ali estava com o controle de si mesmo, todos mega "altos".
 Quando o Bruno ligou pro taxista para nos buscar, sem saber explicar onde era o lugar que estavamos, foi uma das cenas mais engracadas da minha vida. Ele dizia que era perto de um lugar que vendia carros... Como se houvesse apenas um lugar desses... E depois de muito tentar, o taxista desistiu e desligou o telefone na cara dele. Pra nossa surpresa, o Bruno ligou outra vez pro mesmo taxista e disse em bom e velho ingles: "I am just calling you back to say FUCK YOU!"
 Eu ja estava com a barriga doendo de tanto dar risada.
 Decidimos ir ate o centro da cidade a pe, e fomos.
 Aquela festa foi bizarra, todo mundo travado. Tinha um de nos em cada canto da festa.
 Volta e meia nos encontravamos, riamos juntos e nos perdiamos uns dos outros novamente.
 A imagem do Talles enlouquecendo sozinho observando as luzes do lugar nao tinha explicacao.
 Bem na verdade nao lembro bem o que contar a respeito daquela festa, mas lembro que foi exatamente nessa festa que o Alemao ficou com a guria que desmaiou de bebada depois.
 Voltamos a pe pro albergue, e no caminho, o Alemao do caminhao resolveu infernizar a vida de uma garota que estava hospedada no mesmo lugar que nos e estava voltando junto. Ele foi o caminho todo (cerca de meia hora de caminhada) pentelhando a guria, pegando na mao, enquanto o Filhao voltava de maos dadas com a amiga dela, carinhosamente apelidade de Valderrama por nos tamanha cabeleira e beleza que ela ostentava. De longe ela foi a mulher mais feia que o Filhao ja pegou em toda vida dele.
 No albergue ficamos ate amanhecer dando risada, conversando sobre coisas que nem recordo mais. Mas aquele fim de semana com certeza ficara eternamente na minha memoria.
 So tenho a agradecer a quem fez parte daquela viagem, e a tornou inesquecivel.

Ps: Se tiverem algo a acrescentar, sintam-se a vontade, pois essa trip merece todo e qualquer detalhe registrado.


Orgulhosamente cravado na memorida de/por: Maicon Wallauer



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Retaliação sem motivo

 Não há explicação plausível para a necessidade que muitos adolescentes têm de retaliar, muitas vezes com exageros, instituições que por muito tempo os acolhem ou acolheram.
 Para lhes fazer entender meu ponto de vista, peço que parem e pensem em quantas vezes vocês escreveram nas classes das inúmeras salas de aula que frequentaram, quantas vezes escreveram ou até riscaram a porta do banheiro de colégios, talvez até do seu trabalho. Pensem nos colegas que vocês sacaneavam por "não ir com a cara dele". Recordem-se das bolinhas, canetas, apontadores e afins que lançaram contra o ventilador de seu reduto de ensino. Pois é.
 Mas por que será que, quando crianças/adolescentes, sentíamos essa vontade de mostrar que não estávamos satisfeitos? Garanto que muitos dos que estão lendo esse post já escreveram frases de Che Guevara ou qualquer outro autor, contanto que fosse um dizer de bravura ou apenas de não-acordo com o cotidiano.
 Nós nos comportávamos da mesma forma.
 Obviamente, não poderíamos nos contentar apenas com as atitudes corriqueiras e tradicionais que nossos colegas de escola já eram adeptos, então agíamos de forma diferente.
 Como normalmente estávamos reunidos na parte da noite durante a semana inteira, resolvemos fazer incursões na então minha ex-escola, atual escola do Tucano, nunca-escola do Ronaldo, Bimbo, Lula, mas que com o mesmo entusiasmo nos apoiavam nas investidas.
 Quando penso nesse assunto, me recordo de momentos aleatórios, que aconteceram em diferentes vezes que atentamos contra aquele recinto, assim como da vez que resolvemos trancar os portões de acesso com cadeados levados de casa, forçando que a entrada escolar fosse alterada providencialmente no dia subsequente.
 O engraçado era que mesmo quando não estávamos pensando em fazer nada, apareciam oportunidades, tal qual a vez que encontramos um grande rato morto, já em estado inicial de decomposição, e resolvemos depositá-lo na rampa de acesso no portão principal da escola.
 Quando as necessidades fisiológicas (sólidas) se faziam improrrogáveis, era de bom proveito ter uma sacola plástica à mão para ali depositar os resíduos, e poder atirar sobre o muro da mesma instituição.
 Colocamos, certa vez, vários pacotinhos de suco na caixa d'água, mas infelizmente não ficamos sabendo se deu algum resultado.
 Entretanto, com certeza as vezes que invadimos a sala da banda foram as mais arriscadas. Já que a escola contava com uma empresa de segurança particular e de resposta imediata, nossas ações eram rápidas e objetivas. O objetivo ninguém sabia, mas eram rápidas. Demorávamos menos de um minuto para escalar o alto muro, subir na marquise, entrar pela janela previamente aberta por nós, dar uma volta lá dentro e sair. Sair correndo muito.
 Agora me lembro que teve também, os rojões dentro de tomates podres e latas de tinta... mas isso é assunto para outro post.

Ps: Ninguém ficou ferido ou saiu prejudicado com essas histórias. Só pra constar.



Entregue por: Maicon Wallauer

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A seca que perturba o homem

 A estiagem é um mal que não afeta apenas o nordeste Brasileiro, assim como afetou a linda cidade de Queenstown.
  Enquanto haviam algumas pessoas que eram rápidas, como citei o caso do nosso amigo dedilhador no último The Reeslândia, tinha também os que não contavam com tanta sorte.
 O Demétrius* era um cara singular, sempre de bem com a vida, astral lá em cima, e depois que desfez o gelo com o pessoal, se tornou um amigo pra se levar pra vida toda.
 E ele ia quente pra balada, sempre insano, tomava tudo o que tinha pela frente, tudo mesmo, e não tinha tempo ruim. Alvejava de armamento pesado as meninas da festa, mas parece que ele não era muito bom de mira.
 Se passaram 6 meses (me corrijam se eu estiver errado), e o pessoal não aguentando mais a ineficácia dos ataques do Demétrius, resolveu colaborar de uma maneira infalível.
 Juntamos dinheiro entre os amigos, cada um colaborou com um pouco, e ao vermos que tínhamos um valor considerável, entregamos nossa doação ao nosso querido Demétrius, deixando bem claro os propósitos da caridade.
 Na cidade havia apenas uma "casa de massagem", e não era merecedora de grandes elogios devido a qualidade do produto oferecido. Mas pra quem está com fome, qualquer angú é banquete.
 Após sua aula do curso de inglês que fazia durante a noite, Demétrius resolveu pôr fim à seca e enfim regar a plantação, e aumentando do próprio bolso a contribuição espontânea da galera se dirigiu ao centro de entretenimento.
 O dia seguinte foi de alegria geral, já que podíamos ver o alívio estampado no rosto do rapaz.
 Bem verdade que valeu a pena ter dado início a recuperação da lavoura, já que começou a chover bem em suas terras logo depois.
 Já que falávamos em seca de 6 meses, imagina quem viveu nela por 1 ano e meio? Claro que dizia que era por pura opção, mas lembramos bem que em uma festa em Dunedin (trip que terá um post especial), ele conseguiu, enfim, "ficar" com uma garota, essa veio a desmaiar em seguida devido ao estado de embriaguês no qual se encontrava, mas gol é gol e não importa se foi de mão.
Infelizmente não temos fatos reais de recuperação de safra nesse caso, tendo em vista que o sujeito retornou ao Brasil da mesma maneira que havia saído.
 O que realmente conta nesse caso é que Demétrius provou a teoria de que depois que tiramos a "zica", as coisas fluem com mais facilidade. E hoje ele vive em São Léo, tem uma namorada, ela provavelmente não deixará que ele passe mais aqueles maus momentos.

*Nome real omitido.

Obs: Impressionante como vocês não entregam os nomes reais dos citados nos posts. Mas nem precisa né?!  Hehehehe!


Sarcasticamente estampado por: Maicon Wallauer

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Rapidinha do dia - Tradições de aniversário

 Os aniversários, principalmente entre pessoas do sexo masculino, sempre são marcados por atos que normalmente trazem injúria, hematomas, ou vergonha ao aniversariante. Tal como desferir "cascudos" em quantidade equivalente a idade, dar um "pacote" (socos e chutes), montinho ou, por que não, puxar as cuecas até arrebentar.
 Essa última opção é usada por nós até hoje, mas antigamente fazíamos algo mais elaborado.
  Lembro bem do aniversário do Adriano (o Bimbo) que fizemos um coquetel com produtos encontrados em casa, como azeite, shampoo, vinagre, etc. E lembro também que o cheiro não foi dos melhores.
 Mas acredito eu, que o banho que demos no Tucano contava com ingredientes um poco mais peculiares.
 Naquele ano, Vinícius, Aurélio, Bimbo e eu, depois de misturar os tradicionais, azeite, vinagre, ovo, farinha, café, sucos, alvejantes... Resolvemos andar pela rua para incrementar com ingredientes não tão... corriqueiros.
 Na rua, adicionamos ao nosso preparo excrementos animais frescos encontrados no caminho, terra, e algo que deu um toque especial: Um passarinho morto.
 O banho no Tucano foi apenas engraçado até o momento em que o pássaro morto escorreu pela cabeça dele. Aquilo sim foi hilário.

Nota: Os banhos não causaram injúrias maiores, apenas pequenas coceiras e vermelhidão que não perduraram por muitos dias.

Obs: Essa é a segunda história com pássaro morto, teria eu alguma tendência macabra? Naaaaaah... só coincidência! o.O


Memória refrescada por: Aurélio
Bucólicamente redigido por: Maicon Wallauer

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Talles Machadinho

 As reações do corpo a bebida alcoólica é distinta a cada pessoa. Uns ficam bobalhões, outros ficam garanhões, e alguns perdem a noção das coisas.
 De 15 em 15 dias o pessoal que trabalhava na obra tinha que pagar suas dívidas. Tínhamos a tradição de que pra cada erro cometido no trabalho, éramos obrigados a pagar uma caixa de cerveja na sexta-feira posterior ao nosso pagamento.
 Algumas pessoas, como o Filhão, já comprava as caixas adiantado sabendo que alguma besteira iria fazer. E tinha também o Ruy, que era o rei da matação, que nunca pagava suas dívidas. Também porque se pagasse iria provavelmente gastar todas suas economias.
 As reuniões aconteciam na casa do Filhão, por ela ser grande, ter uma mesa de sinuca, e se situar ao lado da obra.
 Fim do dia de trabalho na sexta-feira, fomos todos pra casa do Filhão. Cada um com sua devida caixa de cerveja na mão.
 Já com todos semi-embreagados, o Ramon pegou o celular novo do Filhão e foi até o banheiro, na volta o entregou para a então "ficante" do Filhote, que olhou e se assustou com a foto do visor, entregando o celular pro Filhão. Filhão ao ver a foto de um pênis como papel de parede no celular, ficou atucanado tentando tirar, mas como o celular era novo, ele demorou um bom tempo até tirar aquela foto.
 O Talles perdia o controle quando passava da conta na bebida. Ficava com um extinto destruidor inexplicável. Mas dessa vez ele foi além.
 Nesse dia o Talles estava alterado (é impressionante como todo baixinho é marrento), ele pegou um machado e foi descontar seu excesso de energia em uma carro que há muito estava abandonado entre a obra e a casa do Filhão. Quebrou faróis, vidros, deu machadada no capô, no porta mala, e então retornou para beber um pouco mais.
 Nesse mesmo dia o Filhão praticamente desmaiou de tão bêbado ao lado da lareira. E ele só acordou quando sentiu o calor das chamas que emanavam de pedaços de papel e lenha jogados sobre ele. Sim, tocaram fogo no Filhão.
 O apelido de Talles Machadinho pegou, permanece até hoje.
 Vale lembrar que o carro que o Talles queboru pertencia a um conhecido nosso que também trabalhava na obra, tendo que ser pago pelo Talles. Saiu caro a brincadeira.

Ps: Aposto que o Talles vai reclamar que escrevi que ele é marrento.


Requisitado por Talles Machado
Honrosamente escrito por: Maicon Wallauer

terça-feira, 23 de novembro de 2010

The Reeslândia - Episódio 4 - Calças molhadas

 Eu gostaria muito de não precisar usar pseudônimos, mas infelizmente não existem boas histórias sem uma boa dose de vergonha. E nessa, a dose é grande e bem molhada.
  Morar fora do Brasil é muito bacana, principalmente por conhecermos pessoas que não fizeram parte de nossas vidas até então. Cada um com uma personalidade própria, cultura diferente, costumes, e por aí vai.
  No The Rees Project tinha pessoas de todos os tipos, quietos, faladores, engraçadinhos, irritados, e por que não dizer... inocentes.
 O Róbson era um cara engraçadão, vivia rindo de tudo, inventando apelidos. Era o tipo de cara que tu não pode bobear, não pode falar nada que possa ter duplo sentido porque ele sempre vai te ganhar.
 O Ruy era um ogro, tudo pra ele era na base da porrada, tanto que uma vez se perdeu usando a esmerilhadeira e a passou na própria perna. Uma pessoa normal iria embora, ou no mínimo na enfermaria, o Ruy achou graça e continuou trabalhando.
 Isso sem falar no dia que o Ruy voltou de férias no Brasil, alguns Kg mais gordo do que ostentava antes de partir. Mesmo assim ele queria usar as mesmas roupas, o que acarretou em ter que aceitar o apelido de "Carla Péres" que irrevogavelmente lhe foi dado, devido ao quão justo estava seu calção.
 E tinha o Cássio (identidade real oculta), que era um cara muito amigável, inteligente, trabalhador, e depois disso que vou contar, um tanto quanto inocente.
 Na Nova Zelândia, por ser um país turístico onde as pessoas não passam muitos dias em cada cidade, se tu "fica" com alguém em uma festa, tu "dorme" com ela. Afinal de contas vocês provavelmente não se verão mais.
 Claro que se tu acabar a noite com alguém que também more na cidade, é bom não fazer feio, porque a notícia vai repercutir. E nesse caso repercutiu, no lugar errado.
 Em uma manhã qualquer no The Rees, o Cássio chega no smoko time e resolve contar a experiência que teve na noite passada, antes que chegasse aos nossos ouvidos por outra fonte.
 Ele resolveu tomar essa atitude porque a menina envolvida na história, trabalhava no mesmo lugar que a então namorada do Tucano, e ele temia que elas conversassem a respeito fazendo com que de qualquer maneira nós tomássemos conhecimento.
 Então, contou o Cássio, que naquela noite ele havia bebido mais que a cota, havia "ficado" com uma menina, em seguida dirigindo-se a casa dela. Lá foi aquela história, sexo sem compromisso.
 Acredito que todos aqui já sonharam que estava urinando, e quando acordaram, ou estavam realmente urinando, ou estavam prestes a molhar as cuecas. Pois é.
 O Cássio teve esse infeliz sonho justo na noite em que estava acompanhado, e vendo que o trabalho pluvial estava todo umedecendo o colchão, resolveu sair de fininho antes que a garota acordasse e ele tivesse que se explicar. E nunca mais falou com ela.
 Não falou com ela, mas contou a história pra nós.
 O Diego (Petardo) se encarregou de produzir uma fralda de pano e pendurar no teto do smoko time, e na falta de criatividade do nosso pessoal, ficou o apelido de "mijão" mesmo.
 E piadas de todos os gêneros foram adaptadas para que pudéssemos encaixar o Mijão nela.

Fato curioso: A menina que acordou toda molhada, nunca contou nada para a então namorada do Tucano. Ou seja, nós nunca seberíamos se o Cássio não tivesse nos contado.



Ironicamente divulgado por: Maicon Wallauer

Gincanas do União

 Quem morou na Scharlau lembra bem das Gincanas do União.
 Vinha gente de vários lugares de São Leopoldo, e até de cidades vizinhas para participar ou apenas prestigiar. Era muito divertido.
 Nós tínhamos uma equipe, lógico. Nossa equipe era a "Equi Tigrão". Não, não tinha nada a ver com funk, afinal de contas isso aconteceu em 1999, e a onda de funk estourou no ano 2000.
 Nosso primeiro ano de participação não foi muito empolgante no quesito competitividade, mas no quesito boas risadas, isso foi.
 Não tínhamos estrutura alguma, era um bando de moleques de 14 ou 15 anos correndo pra baixo e pra cima.
 Na prova de caça ao tesouro, que consistia em seguir pistas e chegar a um tesouro correndo por todos os cantos do bairro, enquanto os outros seguiam de carro ou moto, nós bravamente corríamos de bicicleta.
 Lembro de ter passado acordado a primeira madrugada. Lula e eu ficamos falando bobagem e rindo a noite toda, enquanto as outras equipes nos mandavam calar a boca.
 Mesmo não deixando ninguém dormir naquele ano, ficamos em décimo lugar e levamos o título de equipe mais disciplinada.
 No segundo ano foi melhor, no auge da "moda" funk, nos limitanos a manter nosso nome de equipe e levar na camiseta os dizeres "sou tigrão mas odeio funk".
 Mas nesse ano nossa equipe estava afiada, levamos as tarefas mais a sério. Mas esse não é o foco desse blog.
 Gosto sempre de lembrar que o Lula não tem pneu de chuva, pois quando choveu e os corredores de terra que seguiam entre as barracas ficaram molhados, o Lula derrapou mais que o Rubinho na fórmula 1. Incessantes tombos nos colocavam sorrisos nos rostos.
 O Vinícius nos proporcionou momentos de alegria quando resolveu dormir enquanto todos permaneciam acordados. Um sono tão profundo que nos deu a liberdade de amarrar seus tênis um no outro(sim, ele dormiu de tênis), pintar ele inteiro, colocar maionese no seu ouvido e borrifá-lo com um pouco de água, e então ele levantou ainda adormecido, tentou um passo, em vão, e no que tentou outra vez ele caiu, caiu na lona molhada e ali voltou a dormir. Dormiu até o momento em que o sempre sem noção Alemão resolveu banhá-lo com uma jarra de água gelada.
 Lembro também do sono do Carlos deitado sobre pregos no melhor estilo Faquir de dormir.
Foram tantos rápidos momentos de alegria, que eu nunca conseguiria escrever tudo aqui. E mesmo esse post não sendo lá muito engraçado, me sentia na obrigação de registrar sobre a Gincana do União, que por muitos anos foi tradição no nosso bairro.
 Só pra constar, no nosso segundo ano ficamos em terceiro lugar. Bela melhora não?!




Homologado por: Maicon Wallauer

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

The Reeslândia - Episódio 3 - Maníaco da Frankton

 Essa acontecido não é especificamente ligado ao The Rees, mas como ele foi divulgado e registrado lá, o post leva esse nome.
 Talvez eu tenha esquecido de citar o nome do Eduardo quando falei dos amigos que trabalhavam juntos no The Rees Project, mas ele foi membro importantíssimo da nossa equipe.
 O Eduardo era rápido na noitada, não tinha tempo ruim. Enquanto o Filhão pegava qualquer uma que aparecesse, o Eduardo se garantia nos "filés". E olha que não era tão fácil assim achar um filé na noite de Queenstown.
 Ele não era um cara pra casar, bem que ele tentava se envolver seriamente com as meninas, mas essa não era a praia dele, ele era um cara pra todas, sem exclusividade.
 Teve uma menina que ele namorou por um bom tempo, mas ele já estava cansado do compromisso e queria terminar. Ela viajou pro Brasil para passar férias, e de lá avisou o Eduardo que estava grávida dele. Fato que fez com que ele repensasse seu estilo de vida, concluindo que deveria se esforçar e continuar o relacionamento.
 Ela retornou a Queenstown e foi morar com ele, que começou a desconfiar de sua gravidez.
 Garoto criado na rua, no meio da molecada, tem malandragem e não é facilmente enganado. Dessa forma, em uma ligação que ela estava fazendo ao Brasil, para falar com o médico que estava acompanhando a gravides dela, Eduardo pegou o telefone de sua mão para falar com o médico, mas não havia ninguém do outro lado da linha. E foi nesse momento que nasceu a expressão "doctor nobody", ou Dr. Ninguém em bom português. Relacionamento terminado.
 Mas eu falava que o cara era rápido, tão rápido que certa vez ele deu carona para uma menina que estava na Frankton Road, mas obviamente o destino não foi o que ela queria. No meio do caminho ela já tinha o domínio da situação, já tinha a garota envolvida em seu charme.
 Ele disse que ela estava ligeiramente alcoolizada, e usava roupas convidativas. Além disso, respondia positivamente a todas suas investidas. Caminho aberto pro sucesso.
 Não me lembro pra onde ele a levou naquele dia, mas sei que ele disse que só o que não fizeram foi consumar o ato em si. O resto, tudo concretizado.
 O engraçado da história foi que a menina tinha namorado, e quando chegou em casa não soube explicar nem onde, nem com quem estava. E por isso ela contou sobre nosso amigo Eduardo, que havia lhe dado carona e feito "coisas horríveis" a ela contra sua vontade. Sendo assim, o namorado a obrigou a prestar queixa na polícia, que obviamente intimou o Eduardo a esclarecer os fatos.
 Ao Eduardo nada aconteceu judicialmente, pois foi entendido que houve o consentimento da garota, devido ao alto teor de álcool no sangue.
 E no The Rees mais uma lenda surgia, o maníaco da Frankton.
 Claro que omiti o verdadeiro nome do protagonista, mas quem estava lá sabe bem.
Cabe dizer aqui, que hoje em dia ele é um rapaz sério, cansou da vida de solteiro e juntou as escovas de dentes. Vive fielmente com sua namorada em Porto Alegre.

Obs: Eduardo, se alguém entregar sua identidade nos comentários, não posso fazer nada.


Exigido por Guilherme Ribeiro
Relatado por Maicon Wallauer

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Juventude ativista!

 Protestar pacificamente é uma das maneiras que o povo tem de reinvidicar seus direitos, ou demonstrar sua opinião contra o governo, seja ele qual for.
 Obviamente, jovens ativistas que éramos e somos, tivemos nossa história de luta.
 Estudei, entre outras, na escola Augusto Meyer. Escola que me traz ótimas recordações, mesmo tendo visíveis problemas de infra-estrutura e administração.
 Alguns de meus melhores amigos estudaram lá no mesmo período que eu, como o Vinícius, Aurélio, Dudu e Lula.
 Com certeza alguns fatos ocorridos nesse tempo foram, e serão citados aqui, pois inúmeras pérolas foram protagonizadas tendo a Escola Augusto Meyer como picadeiro.
 Teve a vez que furamos a gaita do professor de religião, que insistia em querer tocar músicas de igreja em toda e qualquer aula. Posteriormente ele fez uma rifa para pagar pelo conserto da gaita, fato que nos comoveu tanto, que tirávamos os cabos de vela da moto dele de vez em quando. Era engraçado ver ele "batendo" pedal até a exaustão antes de notar a sabotagem.
 Mas esse post é sobre democracia, ativismo e protestos, e foi nessa mesma escola que nossa veia política aflorou.
Era época de eleições para diretor(a) na escola, e haviam duas candidatas. Uma era a atual diretora pleiteando a reeleição, e a outra era sua vice lutando pela escalada hierárquica.
 O Vinícius e o Aurélio, que nunca foram muito pontuais, estavam a um atraso de serem suspensos. E se atrasaram nas vésperas da eleição.
 Nossa diretora era esperta, e habilidosamente os isentou da suspensão, mas não antes de reforçar para que votassem nela para continuar no topo da administração escolar.
 Chantagem.
 Esse fato chegou aos ouvidos da nossa professora de ciências, que indignada foi de sala em sala incentivando um protesto pacífico, já que estávamos na escola, e aquele era o lugar que deveríamos formar nosso caráter.
 Mediante a possibilidade de "matar" aula, olhei pra rua e vi que alguns timidamente começavam a sair da sala, o que nos encorajou a fazer o mesmo.
 Uns gritavam entoando frases de protesto, outros ficaram sentados conversando com seus amigos. Nós ficamos na sala protestando da maneira errada.
 Pegamos parquês soltos do chão e atiramos no quadro, riscamos paredes e em um ato impensado tentei amassar a lata de lixo na basculante da sala. A lixeira nada sofreu, pena eu não poder dizer o mesmo do vidro da janela.
 Preparamos alguns cartazes que salientavam os 50kg a mais que a diretora alojava em seu corpinho. Escritos da pior maneira possível.
 Não, meus amigos, os cartazes não foram apenas erguidos para que ficassem visíveis a todos, não era o suficiente. Nos esgueiramos por entre algumas pessoas e adentramos a secretaria para colarmos na mesa da diretora, mas infelizmente fomos surpreendidos pela secretária que recolheu todos cartazes.
 E foi assim que o Vinícius e o Aurélio, graças a sua pontualidade britânica, fizeram com que perdêssemos um dia inteiro de aula.
 Perdemos também algumas horas nos dias posteriores, explicando nossa conduta incondizente com "protesto pacícifico", antes proposto pela professora.
 Mas nada aconteceu com nós pois estávamos há um dia de votar para eleger nossa nova diretora. Que perdurou no cargo por quase 10 anos mais.

Ps: Chamar a diretora de "porca gorda baleia assassina" não é uma boa idéia.


Saudosamente divulgado por: Maicon Wallauer

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um drink diferente

 Mais uma vez vou ter que usar pseudônimos, pois a identidade revelada implicaria no distúrbio do bem estar do sujeito.
 Houve um tempo em que a caixa de cerveja no Disk Ceva era R$38,00. É sério mesmo! R$1,50 por garrafa! Uma barbada.
Nós aproveitamos algumas vezes, pois éramos um tanto quanto novos, e poderíamos arranjar complicações por bebermos. Tínhamos em torno de 15 anos de idade acredito eu.
 Em uma noite quente, estávamos em um pequeno grupo de amigos, e resolvemos pedir uma caixa de cerveja já que não havia muito o que fazer. Assim fizemos.
 A cerveja chegou, branquinha de tão gelada, nos acomodamos em cadeiras de abrir em frente a minha antiga casa, que se situa na A.V. Thomas Edson.
 As garrafas se esvaziando, e os jovens candidatos a desenvolver uma bela cirrose começaram a demonstrar sinais de embriagues. Estávamos alegres.
 Eu diria que estávamos "no milho", expressão adotada por alguns para substituir a expressão "no brilho", afinal de contas quem está bêbado não pronuncia as palavras direito, e acaba soando "no milho". Enfim.
 Já estavam todos devidamente anestesiados devida a quantidade ingerida, e como de costume, as bexigas cheias tem que ser esvaziadas.
 Por comodidade, usávamos os arbustos do canteiro central da avenida como mictório, e em uma dessas visitas ao banheiro, o Sagui teve uma idéia um tanto quanto, digamos, marota.
 Ele pegou uma garrafa de cerveja vazia, e discretamente foi até o nosso mictório e recheou ela com sua urina. Voltou ele com a garrafa na mão, já não se aguentando de tanto rir.
 Em um ato de pura maestria, trocou a garrafa "batizada" pela garrafa de cerveja que estava ao lado do Pedro (nome fictício), mas não antes de reabastecer o copo do Pedro.
 O Pedro, que nada viu, tomou um gole de sua refrescante cerveja. No entanto, reclamou que ela já estava quente, a jogou fora, e encheu o copo com "aquela" cerveja.
 Novamente tomou um gole, que não chegou a ser totalmente ingerido devido a reação de todos, que já não estavam mais em seus lugares, e sim correndo e gritando pela avenida.
 Acho que cabe dizer que o Pedro cuspiu, vomitou, agrediu verbalmente a todos, antes de seguir em direção à sua casa.
 Até hoje ficamos desconfiados quando deixamos nosso copo de cerveja desprotegido.


Divulgado por: Maicon Wallauer

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Dudu no Paraguai

É pessoal, não foi dessa vez que o Dudu trouxe o caneco de mestre da cozinha pra Scharlau. Mas valeu a participação.
Valeu Dudu, estamos esperando o dia que nos convidará para enfim degustar o prato campeão da etapa RS.

Nota da redação: O Dudu não trouxe muamba, não insistam.




Registrado por: Maicon Wallauer

Rapidinha do dia - Lula e o Wolwerine

Entre tantas situações inusitadas que aconteceram durante as brincadeiras de polícia e ladrão que costumávamos fazer quando adolescentes, assim como a vez em que o dono da casa, a qual estávamos em cima do muro, nos correu de 38 na mão, me vem à memória a história do Lula com o Wolwerine.
Nos escondemos em um terreno baldio, que era cercado por aquelas plantas cheias de espinho, aquelas que a gente arranca a folha e tem aquela meleca branca grudenta. O pessoal nos achou lá e eu saí correndo, pulei a cerca viva e sumi. Mas o Lula não teve tanta sorte.
 Na verdade o Lula tem um histórico de tombos bem relevante, assim como da vez em que em uma demonstração de coisas de cultura brasileira na escola, ele foi dar uma "estrelinha" sem as mãos e caiu sentado na frente da turma toda.
 Bem, dessa vez, ele foi sair correndo pra pular sobre a cerca viva, engatou o pé em alguma raiz no chão, já no ar se virou de costas para o solo e caiu sobre os inúmeros espinhos da planta que cercava o terreno. Parecia que ele tinha entrado numa briga com o Wolwerine, e apanhado pra valer enquanto fugia, pois as costas deles ficaram arranhadas de cima a baixo.
 Foi engraçado por um bom tempo, já que as cicatrizes ficaram visíveis por algumas semanas.


Desenterrado por: Maicon Wallauer

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Chef Dudu representando no exterior

 Gostaria de comunicar, para aqueles que não sabem, que o Dudu (ilustríssimo parceiro do blog) venceu um concurso de Culinária em Porto Alegre há algumas semanas atrás. Esse ocorrido o qualificou para disputar um concurso internacional no invejado país chamado de Paraguai.
E o concurso é hoje! Uhuuuuul!
Então torceremos por ele daqui!
Sorte Dudu! Frita esse ovo direito!

Obs. para homens: Ele não vai trazer a Larissa Riquelme de lá.

Obs. para mulheres: O Dudu não vai trazer bolsas, sapatos, carteiras, perfumes, maquiagens, hidratantes, shampoos, sabonetes, desodorantes, cremes de cabelo, bijouterias, nem nada pra vocês. Não percam tempo pedindo.


Avisado por: Maicon Wallauer

Rapidinha do dia

 Ontem fomos eu, Michele, Tucano e Jéssica no show do Millencolin. Vendo aquele bando de gente subindo nas grades para pular sobre as outras pessoas, lembramos do histórico do Tucano em shows de punk hardcore.
 Em torno de 9 anos atrás, Tucano e eu estávamos no show do Replicantes no extinto Planeta 2000 em Novo Hamburgo.
 Todos pulando, a roda punk fervendo e eu em cima de uma caixa de som no canto do palco. Havia muita gente subindo no palco para se jogar na galera. O Tucano queria mais.
 Vi várias vezes ele subindo no palco, mas o que me chamou a atenção foi o momento em que ele subiu na caixa de som do lado oposto de onde eu estava. O Tucano pulou, mas pulou longe demais. Onde ele caiu já era aquele vazio logo atrás do amontoado de gente que fica espremido contra o palco. Seguraram os pés dele fazendo com que o corpo fosse projetado com ainda mais força contra o chão.
 O Tucano não tem esse apelido a toa. O nariz ostentado por ele é digno de estudo, não que seja tão grande assim, mas ele começa na testa. Fato que o faz ter a aparência fora do comum.
 Então ele foi de encontro ao chão, e eu só vi que ele sumiu no meio da multidão. Em seguida notei que ele levantou e correu para o banheiro. Fui ver o que tinha acontecido.
 No banheiro, eu consegui visualizar em imagem real a passagem da Bíblia que fala sobre o mar vermelho, tamanha cachoeira que tinha seu notável cheirador como nascente. Nariz quebrado.
 Agora vocês imaginem aquela napa inchada. É de chorar de rir.
 Mas o Millencolin ontem estava muito foda!


Expurgado por: Maicon Wallauer

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Perdidos na Selva!

 Essa história foi épica, quase trágica, mas épica.
 Domingo de outono, acredito que tenha sido em 2003, eu, Dudu, Tucano, Alan, Marcos e sua namorada que não lembro o nome, Davi e sua namorada Lili, Alemão, Luis, Angelise, Dogão e Rômulo, fomos passar o dia no sitio dos pais do Rômulo.
 O programa era pra ter sido clássico. Churrasquinho, conversa, cerveja, risadas. Tudo no padrão.
 Tinha um riacho bem pequeno que passava bem ao lado da casa, e o Dudu me avisou pra tomar cuidado. Eu, no auge de minha segurança malabarística, me pendurei em um galho sobre a água, galho que cedeu, envergou, e me largou deitado de costas na corredeira. Riem de mim por isso até hoje.
 E o dia apenas começando.
 Era o ápice do programa Jackass na MTV, e todos nós tínhamos mania de querer fazer algo sem noção.
 Era "montinho" atrás de "montinho", virar as pessoas que estavam deitadas na rede de cima de uma sacadinha. Laçasso com pano molhado nas costas. Coisas simples que não comprometeriam a saúde a longo prazo.
 Resolvemos então dar uma volta pela região, havia um morro bem arborizado e o sítio se situava ao pé desse morro. Resolvemos então subir lá para dar uma olhada no visual, fazer uma caminhada para curtir a natureza. Isso por volta das 15h.
 A Lili foi a única menina que topou a subida, as outras mulheres resolveram ficar em casa e iriam preparar a janta mais tarde. O Luis foi o único homem que arregou pro lance, e ficou junto com as meninas.
 Partimos então em direção ao morro, havia uma trilha que disse o Rômulo, conhecia muito bem.
 O começo da empreitada era complicado, subidas íngremes, muitos buracos e árvores, partes onde era necessário uma pequena escalada. Lili desiste.
 O restante do pessoal continua em frente, notando que o Rômulo já não se mostrava tão seguro quanto ao caminho a se seguir.
 O tempo foi passando, passamos por partes onde tivemos que nos segurar nas paredes, se agarrar em raízes que brotavam da parede, de maneira que conseguíssemos seguir em frente. E a luz do dia se esgotando.
 Com certeza não estávamos mais no caminho certo há muito tempo, pois ninguém abre uma trilha que passa por partes onde tem quedas livres muitos altas.
 A noite caía e não achávamos o fim do caminho nunca, todos preocupados, com sede, e um certo medo por estarmos no meio do mato sem enxergar praticamente nada a nossa frente.
 Não lembro quem que disse que precisava mijar, mas lembro bem da frase inesquecível que o Dogão largou em protesto: "Cara, não faz xixi agora, tu pode precisar dessa água depois."
 Ficou pra história.
 Continuamos nossa caminhada, e estava tão escuro, mas tão escuro que a luz de um relógio de pulso era usada para iluminar o caminho entre as árvores. Mas isso bem depois que o Marcos, utilizando de seus anos de serviços militares, queimou uma gandola em mais ou menos 17,6 segundos usando como tocha.
 Lembro quando quase caí em um buraco profundo, virei pra avisar quem  vinha atrás, quando vejo só a cabeça do Dudu de fora do buraco. Era tarde demais.
 Começamos a nos preocupar muitos, isso para não dizer desesperar. Tentamos voltar em alguns momentos mas se já foi difícil subir, imagina descer no escuro, impossível. Em certa hora o Alemão foi escalado, por ser o mais alto, para seguir na frente segurando a mão de alguém, a fim de verificar a profundidade de cada buraco e ribanceira que encontrávamos a frente.
 Calamos no momento em que o Tucano, usando dos últimos suspiros da bateria de seu celular, liga para mãe dele e aos gritos proclama as seguintes frases:
"TIANE! TIANE! CHAMA A MÃE RÁPIDO! Ô MÃE, CHAMA O RESGATE MÃE! NÓS ESTAMOS PERDIDOS NO MATO DA LOMBA GRANDE MÃE!"
 Mesmo estando violentamente preocupados, todos tiveram que rir, e muito. E ao mesmo tempo matutávamos em como seria ser resgatados de helicóptero.
 Seguimos em frente, suados, muito cansados, mas seguimos em frente.
 Chegamos ao alto do morro. Era um descampado onde avistamos uma estrada. Estrada que o Rômulo, do alto de seu conhecimento geográfico, disse que nos levaria de volta ao pé do morro. Visto que estávamos no alto dele, pra cima ela não iria.
 Na descida, ainda tivemos que fugir de cachorros que guardavam propriedades particulares que adentramos para podermos continuar o retorno.
 Além de tudo, pensávamos no desespero das pessoas que não tinham subido, deveriam estar muito preocupadas ligando para as autoridades locais para organizar uma busca.
 Chegamos de volta à casa, depois de sei lá quanto tempo caminhando. Encontramos o pai do Dogão, que por intermédio de alguém que lhe comunicou a ligação apavorada do Tucano, estava lá muito preocupado.
 Fomos ver as meninas para acalmá-las. Afinal estávamos bem. Nada adiantou, pois estavam alegremente alcoolizadas conversando e dando muita risada, sem ao menos notar que já tinha anoitecido e nós não estávamos lá.
 Salve a cerveja!


Requisitado por: Rômulo Negrini
Manuscrito por: Maicon Wallauer

sábado, 6 de novembro de 2010

The Reeslândia - Episódio 2 - Juvenaldo Juvenal

 30 minutos de natação sem parar é cansativo, não é?
Agora imagina 30 minutos de natação, atravessando um lago com a água na temperatura em torno de 10 graus, às 7h da manhã. Pois é, o Filhão fez isso.
Ele morava do lado oposto do lago em relação a obra que trabalhávamos, e cansado de perder muito tempo pedindo carona todo dia, resolveu atravessar o lago na base da braçada. Foi apenas uma vez, mas o suficiente para se tornar a lenda do The Rees.
 Façanhas inesperadas ocorriam de tempo em tempo, assim como um irlandes bêbado que deitou no chão para outro bêbado saltar de bicicleta sobre ele (posto esse vídeo um dia), obviamente não deu certo.
 Em uma segunda-feira, Ronaldo chega para trabalhar depois de um final de semana de praia, e traz consigo um adereço novo no seu carro.
 Ronaldo conseguiu atropelar um passarinho em plena vôo, mais do que isso, o passarinho ficou preso na grade de ventilação do carro com as asas abertas, tal qual Jesus na cruz.
 Retirei o pássaro, mas não tivemos coragem de descartá-lo. A partir daquele momento ele se tornou motivo de muitas risadas.
 Todo construtor usa um cinto de ferramentas, e nós também usávamos.
 Sorrateiramente o nosso pássaro, então batizado de Juvenaldo Juvenal, foi depositado no cinto do Lucas, sem que ele percebesse. O momento em que ele levou a mão ao cinto para pegar alguma ferramenta e retirou o Juvenaldo, não teve preço.
 Consequentemente o Lucas colocou ele no cinto de outro, esse passou pra outro, chegou até o capuz do Guilherme que ficou com ele por muito tempo até perceber do que todos estavam rindo. E passou pra outro.
 Amarrávamos o Juvenaldo em uma linha e descíamos ele de um andar ao outro depositando sobre os ombros de alguém que estava no andar abaixo. E assim foram aparecendo maneiras diferentes de surpreender os outros usando da boa vontade de nosso amigo sem vida.
 Ele passou por cintos, capuzes, ombros, bolsos, caixas de ferramenta, mas teve um fim.
 Depois que prenderam ele na antena do meu carro, fiz o mesmo na antena do carro do Lucas, mas amarrei tão forte que não teve outra maneira de retirálo a não ser amputando algumas partes. Fim do Juvenaldo Juvenal. 3 dias alegrando o pessoal.



Morbidamente digitado por: Maicon Wallauer

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Smoko Time at The Rees Project!

Deus abençoe essa zoeira!


Honrosamente adicionado por:  Maicon Wallauer

The Reeslândia Episódio 1 - Smoko Time!

Não há jeito melhor de começar a contar essa odisséia a não ser pela hora do lanche!
Os smoko times eram intervalos de 15 min cada, um pela manhã e outro pela tarde, que faziam os nossos dias no mínimo ficarem mais animados.
Aconteceram fatos extraordinários, como o dia em que havia ocorrido um terremoto durante a madrugada, e no smoko time da manhã seguinte sentimos mais um tremor.
Estávamos no sexto andar (se não me falha a caixa preta), todos sentados e tranquilos.
E como em todo trabalho, sempre há alguém que está sempre reclamando, o nosso alguém era o Sady, vulgo monoselha Dom Pedrito Lorena Tramanda.
Reclamava de praticamente tudo, e depois que aconteceu o terremoto então... VIXI!
Continuando, tremor de terra no smoko  time da manhã, todos se levantam e se direcionam para base do prédio por precaução. Sady não satisfeito, resolve superar o recorde mundial dos 100m com barreiras e sai em disparada. Derrapa na curva, botas de obra não são feitas para alta velocidade, cai deslizando e bate o joelho na escadaria. Mesmo assim foi o primeiro a chegar no destino. Reclama da sujeira no chão que o fez derrapar.
Um dia, o Marcão pôs a prova todas suas qualidades domésticas e colocou uma caneca de alumínio com água no microondas. Não preciso dizer o que aconteceu.
Mas tínhamos o rei das pérolas, uma pessoa sem maldade alguma no coração. Anderson Filhão.
Conversas variadas rolando pelo smoko time, eis que alguém fala que a irmã do Filhão era uma safada. Filhão sempre astuto, larga a pérola: "Se ela puxou o irmão, deve estar dando mais que chuchu na cerca!"
Um sonoro "BÃÃÃÃÃÃÃ" ecoou pelos quatro cantos daquele prédio, dando início a uma frase entoada outras inúmeras vezes.
Salve Filhão e suas frases de efeito!



Cavocado por: Maicon Wallauer

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Missões de reconhecimento

Ninguém sabe ao certo por que que gostávamos tanto de invadir prédios em construção, mas fazíamos isso o tempo todo.
Não existia um objetivo traçado, mas era bacana o fato de conhecer eles por dentro, entrar na casinha dos pedreiros, mexer nas ferramentas, roubar as revistas pornográficas, essas coisas.
Em uma dessas vezes, por brincadeira empurrei uma parede recém construída que veio a cair por inteiro, mas foi sem querer.
Em outra chance, entramos nessa mesma construção no horário do meio-dia, todos estavam trabalhando e não notaram nossa presença. Chegamos até a cozinha dos construtores e verificamos que eles estavam fazendo almoço, pois haviam deixado uma penela de arroz carreteiro cozinhando. Resolvemos então ajudar no tempero, despejando 1Kg de sal dentro da panela. Não esperamos para ver o resultado.
Dessa mesma construção fugimos algumas vezes, pois os donos do prédio sempre vinham no fim de semana visitar a obra, justamente nos horários que nós resolvíamos visitar ela também. Vale lembrar que uma vez Ronaldo e eu fugimos e deixamos meu primo se explicando para o proprietário.
Nosso bairro também era conhecido pelas gincanas que a sociedade União promovia anualmente. Pessoas de várias cidades normalmente vinham participar ou apenas prestigiar.
Mas o assunto aqui são nossas expedições, outra hora falaremos mais sobre as gincanas.
Acontece que nós estávamos precisando de cordas para nosso acampamento na gincana do União, e a grana já estava bem curta. A solução era uma só.
Em uma tarde de quinta-feira, Vinícius, Bimbo e eu, encontramos uma obra nova, perto da escola Sagrado Coração de Jesus. Entramos, caminhamos bastante lá por dentro e fomos embora.
Chegando em casa notamos que poderíamos conseguir as cordas que nos faltavam voltando aquela mesma obra que visitamos no início da tarde.
A obra tinha 2 andares, e um telhado bem alto.
Estávamos nós recolhendo as cordas que os pedreiros usavam para puxar baldes de concreto para o pavimento superior, quando ouvimos uns barulhos estranhos vindo do portão de entrada. O dono chegou. Não veio sozinho.
Algum filho da mãe tinha avisado o dono da obra que alguém tinha entrado lá, ele convocou um amigo, pegou seu revólver 38 cano longo, seu cachorro Rotweiller e fo até a obra.
Avistei do segundo andar os 2 homens entrando pelo portão da frente.
A casa tinha 2 entradas, uma ao lado da outra, separadas apenas por uma parede entre elas. Eles entraram por uma, eu saí pela outra.
O Bimbo pulou do segundo andar, enquanto o Vinícius estava preso em cima do telhado. E foi pego.
Tivemos todos que nos entregar, éramos amigos, amigos não deixam amigos na mão.
Os homens nos ameaçavam enquanto dizíamos que estávamos apenas conhecendo a obra inocentemente. Atiçavam o cachorro fazendo com que ele encenasse os movimentos de ataque. Eles focaram o Vinícius, que era o mais assustado, mas mal sabiam eles que o cachorro teria medo mais do Vinícius do que o contrário, já que a expressão no rosto dele era tão feia que cachorro nenhum teria coragem de encarar. Simplificando, o Vinícius estava tão desesperado que chegou a assustar até o pobre animal.
Depois de muitas explicações, conseguimos convencer os homens a nos deixar ir embora, sem as cordas.
E a gincana começou no dia seguinte.


Memória refrescada por: Marcos Vinícius Pohlmann
Psicografado por: Maicon Wallauer

sábado, 30 de outubro de 2010

The Reeslândia - O início de uma epopéia.

É meus amigos, muitas pessoas falam que morar no exterior não é nada fácil. Realmente não é fácil, mas compensa.
Eu, Tucano, Ronaldo, Bruno, Diego Petardo, Sady Monoselha e Alemão (não sei se esqueço de alguém), nascidos e criados na Scharlau, viemos a trabalhar com pessoas que se tornaram grandes amigas, como Gulherme Guidé, Talles Machadinho, Jéferson Milionário, Lucas Ladrão Rápido, Anderson Filhão Pimpão véio do pancadão, Léo Carioca, Marcão envergado, entre outros.
Formou-se uma grande amizade, tanto no trabalho como fora dele.
Trabalhamos todos juntos no The Rees project, que era a construção de um grande hotel de alto padrão às margens do lago Wakatipu em Queenstown na Nova Zelândia.
Éramos peões de obra, sem a mínima experiência anterior, construindo um prédio inteiro, desde a fundação.
Tantos brasileiros juntos teve que render algumas histórias, no mínimo interessantes.
Se eu for parar pra contar tudo aqui, ninguém conseguiria chegar ao final do post, por esse motivo vou dividir nossas prezepadas em pequenas partes denominadas sempre como The Reeslândia. Também porque, em certos momentos aquele lugar era muito mais divertido do que a Disneylândia.

Observação: Aos que lá estavam junto comigo, agradecerei caso enviem fatos que eu possa não lembrar. Coisas que poderiam ser postadas aqui. Assim não deixaremos momentos raros cairem no esquecimento. Obrigado.


Engatilhado por: Maicon Wallauer

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Força maior.

Por motivo de força maior, não poderemos inaugurar nossa criação arquitetônica.
Mas para compensarmos tal fato, realizaremos o churrasco de confraternização na residência do venerado Sr. Maicon Wallauer.
O procedimento será o mesmo, altera-se o templo.
Sem mais.




Corrigido por: Scharlau Friends.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Inauguração da Churrasqueira Scharlau Friends

 Nesse sábado ocorrerá a cerimonia de inauguração da churrasqueira Scharlau Friends. Acontecerá, como toda vez, na casa do Dudu.
Estaremos presentes para celebrar essa importante construção, executada por nós mesmos, baseado no mais alto padrão da arquitetura moderna.
 Se quiserem fazer parte desse evento que entrará para história, deixe sua súplica nos comentário, junto com seu e-mail, para que assim possamos entrar em contato e passar mais detalhes, como horários, e traje exigido.
 Mas se normalmente frequenta nossas churrascadas, larga mão de ser fresco e aparece por lá. Agradeceremos se ligar antes para podermos contabilizar despesas.
 Contamos com sua presença.

Nomes convocados para o evento, os quais não terão a ausência perdoada jamais:

- Fernando Geremia Bassuino
- Natália Jaeger
- Anderson Village People
- Dani Caipirinha
- Michele Estefani von der Tann (Excelentíssima namorada do Maicon)
- Gustavo Rech
- Sinara Sampaio
- Luis Ricardo Lula da Silva
- Taís Montipó
- Jéssica Berger (entraremos em contato mas está convocada)
- Lúcia Backes (dona do recinto)
- Carlos Eduardo Backes Dudu Soares (anfitrião mor)
- Maicon Wallauer

Saliento que quem segue esse blog também está convidado, porém pedimos que entre em contato com nós previamente.

Tucano e Paty estão na lista de pessoas convocadas, mas como o Tucano é o Sr. Caô, não sabemos se podemos contar com ele. Liga pra nós narigudão.


Favor direcionar os questionamentos para o meu email, maicon_nse@yahoo.com.br



Autenticado por: Maicon Wallauer

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Boquinha de ovo - In memorian-

Normalmente, os grupos de amigos tem um lugar específico que serve de ponto regular de encontro da galera. Esse lugar não é previamente escolhido, mas sim fica designado por ser de comum encontro de todos, onde fica fácil.
Hoje em dia, o pessoal se encontra na casa do Dudu, mas antigamente nos reuníamos na frente da casa do Tucano (Felipe), mais especificamente na frente da casa da avó dele, que é logo ao lado, onde tem um muro baixinho perfeito para ficarmos sentados. Escolhida também por ser na A.V Thomas Edson, onde há muito movimento de carros e pessoas, e também por ostentar um "campinho" particular no canteiro central, onde praticávamos esportes variados, desde o clássico e necessário futebol, até a insalubre guerra de chinelo Havaianas.
Naquele tempo, esse "QG" servia também de base para quem "procura" na brincadeira de esconde-esconde, que por sinal era, junto com "polícia e ladrão", a brincadeira mais famosa entre a gurizada. Vinha gente de vários lugares do bairro para participar.
Não era um esconde-esconde comum, algumas regras se alteravam na nossa versão.
Não era apenas um que procurava, e sim um grupo, que variava de 3 a 8 pessoas.
O terreno para procurar esconderijo, era digamos assim, um tanto quanto amplo. Em torno de 6 quarteirões. Nos quais era esconderijo livre. Valia árvores, pátios de casa, telhados, construções em andamento, e qualquer outro lugar que você pudesse imaginar que alguém consegue se enfiar dentro.
E para dificultar, as brincadeiras só aconteciam no período da noite.
Tiveram momentos em que necessidades fisiológicas foram atendidas em lugares nunca antes previstos. Como fazer o número 2 de cima do muro de uma obra. Não vem ao caso.
De qualquer forma, a frente da casa do Tucano era muito frequentada.
E como todo bom grupo de amigos que se preze, tínhamos um adulto que sempre aproveitava o momento de agrupamento, que pra ele poderíamos denominar, alvos fáceis.
O alvejamento que sofríamos era variado, como surra de vara, cinta, banhos e surras de mangueira, e muitas mais.
Teve uma vez que eu estava todo arrumado pois iria me encontrar com uma garota no centro da cidade. Ele, Seu Paulo, pai do Tucano, sem a mínima piedade, ou até mesmo noção, me lançou um balde de água, me encharcando inteiro. Fazendo assim, que eu batesse o recorde mundial de corre-mudaderoupa-vaidenovo.
Dada certa noite, estávamos nós no nosso corriqueiro ponto de encontro, dessa vez com algumas amigas junto. Lembro que estávamos todos arrumados, mas não lembro onde era nosso destino. Não importa.
Ingrata surpresa quando percebemos que objetos arredondados vinham da sacada da casa do Tucano em direção a nós. Ovos. Muitos ovos.
E ele atirava os ovos e se escondia por detrás dos pilares. Não se cansava.
Eu precisava fazer alguma coisa pois ele não iria parar até conseguir sujar todos estragando a festa.
Fui com o Vinícius até a casa dele, entrando pelo portão da casa da avó do Tucano, que por sinal é avó do Vinícius também, pegamos alguns ovos e voltamos.
Me posicionei estrategicamente escondido ao lado do baixo muro da casa da avó deles. De onde eu conseguia ver a sacada, e o seu Paulo arremessando ovos sem parar.
Lancei um, acertei o pilar onde ele se escondia. E olha que nunca fui muito bom arremessando objetos.
Ele, surpreso pela tentativa de retaliação de nossa parte, teve a triste idéia de se inclinar sobre o para-peito da sacada, tentando visualizar quem estava ameaçando seu posto. E essa inclinada de corpo aconteceu no momento exato que eu havia arremessado o segundo ovo. Ovo que veio a atingir a boca entre-aberta do seu Paulo, quebrando nos dentes e entrando boca adentro.
Ele cuspia, fazia ânsia de vomito. E ficou irritado. Esbravejou alguns xingamentos e se recolheu.
Claro que nem ouvimos o que ele disse, afinal de contas, pulávamos e girávamos rindo e de certa forma até comemorando.
É óbvio que ele nunca parou de nos importunar, mas nunca mais brincou com ovos.


Resgatado por: Maicon Wallauer

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ieux!




Suplicado por: Maicon Wallauer

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Olha ele!

Quem nunca imitou as marcantes frases dos personagens do seriado Chaves? Todos nós!
Eu estudei em diferentes escolas ao longo de minha formação acadêmica. O Olindo Flores foi uma delas.
Não me recordo bem o ano, mas lembro muito bem da turma, e provavelmente todos professores e funcionários daquela escola também lembram da turma 120.
Em toda turma, existem alunos dos seguintes perfis: Nerds, descolados, rebeldes, rejeitados, palhaços, e os que estão lá só para servir de piada pronta.
Essa turma era diferente, não havia nenhum nerd. Parecia que a diretoria da escola, visando filtrar os grupos de estudantes escolhidos para formar turmas, colocou todos alunos não-bem-quistos pelos professores em uma única turma. Manobra que renderia a eles no ano seguinte, ter que voltar ao padrão normal de selecionar aprendizes, pois dentre 40 alunos, apenas 2 foram aprovados para passarem a graduação posterior.
Era complicado, pois do início ao fim da aula, que normalmente era no horário do intervalo, éramos submetidos a desafios de inteligência. Não por parte dos educadores, e sim por nós mesmos.
Aconteciam coisas que nunca, nunca mesmo, haviam sido sequer imaginadas por alguém que gozava da mínima inteligêcia.
Guerras de bola de papel são para amadores, nosso negócio era guerra de papel molhado com recheio mineral, e esse poderia ser qualquer tipo de pedra encontrado no caminho de casa para escola. Claro que acidentes aconteceram, mas esse não é o foco.
Tinha gente que pegava mamão verde no pátio ao lado da escola, para ter armas mais potentes. É como se em uma guerra de espingarda de pressão alguém chegasse com fuzil.
Bombas relógio de mentira implantadas no banheiro, para mobilizarmos todos e podermos sair mais cedo, ou mini bombas relógio de verdade (a velha história do rojão com cigarro no pavil) implantadas no vaso sanitário, para criarmos um dilúvio e também podermos sair mais cedo. Artifícios mais eficazes do que uma dor de barriga, eram diariamente matutados para podermos sair mais cedo.
Quando notamos que a cada evento terrorista que acontecia no colégio, a diretoria ia direto a nossa sala perguntar quem foi, é que vimos o grau de importância negativa que nossa turma estava adquirindo.
Teve momentos que os professores davam a prova e saiam da sala, para fazer com que nos sentíssemos mais confortáveis para consultar o caderno. Teria sido de grande ajuda se algum de nós tivéssemos alguma matéria registrada nele.
Mas não foi só de atitudes negativas que foi escrita a história da turma 120. Teve um dia em que um grupo de "arruaceiros" invadiu as dependêcias escolares pelo muro lateral, e toda nossa turma foi pra rua para defender a escola. Seria um ato inconsequente, porém nobre, se não fosse uma invasão inventada por nós para assim podermos nos mobilizar e... sair mais cedo.
Para ajudar tínhamos um professor um tanto quanto afeminado, não que fôssemos preconceituosos, mas como estavam acabando o estoque de idéias inovadoras, tínhamos que nos contentar com as tradicionais. E em um passeio escolar cultural, voltávamos todos com o nível alcoólico alterado devido as garrafas de destilados escondidas em compartimentos secretos do ônibus previamente providenciados, começamos a evocar cânticos hostis em relação a esse professor. Fato que rendeu a escola inteira o cancelamento do mesmo passeio no ano seguinte.
Como em nossa turma não havia um aluno sequer incapaz de atos que fugissem as regras, os professores começaram a se confundir. E com isso chego ao fato que dá nome ao post.
Numa noite tranquila de aula, em que o estimado professor de português escrevia a matéria no quadro negro, o meu querido amigo Lula estava chato, mas chato mesmo, pentelhando geral. Não calava a boca em nenhum momento. Foi quando o professor se vira impaciente pronto para punir o indivíduo que perturba sua aula. Eu, em um ato inocente, de bom samaritano, aponto meu dedo indicador em direção ao Lula e reproduzo verbalmente o célebre bordão que marcou o personagem Nhonho do seriado Chaves: "-Olha ele, olha ele!"
Bom, isso salvou o Lula de punição, pois naquela altura do ano ele já temia por suspensão. Pena que eu não tive a mesma sorte. Fui enviado a secretaria para medidas administrativas cabíveis. O professor sem coração, não me deu oportunidade de argumentar.
E Lula, como o grande amigo que sempre foi, ficou agradecido por eu ter intervido na hora certa. E nada mais.



Relembrado por: Maicon Wallauer

domingo, 24 de outubro de 2010

Happy birthday!

No dia de hoje não vai ter post de historinhas.
Me limito aqui a deixar nossos sinceros parabéns a nosso grande amigo Felipe ( El Tucano), pelo seu aniversário.
Nascido no infeliz dia 24, completa hoje 26 primaveras.
Felicidades nariguera!!! 
Saliento que no final da tarde estaremos em sua habitação para elegantemente filar os docinhos e salgadinhos deliciosos que sua querida progenitora prepara. 




Ass: Scharlau Friends.

sábado, 23 de outubro de 2010

Sociedade unida? Sim, é possível.



Expelido por: Maicon Wallauer

Quem ri por último, ri melhor. Eu que sei.

Existe a controvérsia a esse provérbio, mas digamos que nada melhor que ter experiência de vida, para comprovar a sabedoria ancestral.
Nós tínhamos mania de andar pela rua aleatoreamente, manias de pré adoloscentes com energia a mil, tal como brincar de "lixeiro revoltado", atirando as sacolas de lixo de volta para dentro do pátio das casas. Claro que os moradores odiavam, mas pra gente era muito engraçado, e isso que importava.
Numa dessas peregrinações, caminhávamos em pequeno grupo, no qual estavam eu, e nosso amigo Lula (esse apelido veio beeeem antes de nosso presidente se eleger). De vez em quando juntávamos pedras pelo chão para jogarmos em algum lugar qualquer.
Como todo amigo que se preze, quando um se dá mal, o outro??? Ri pra cacete.
Qual foi nossa surpresa, quando o Lula se abaixou para juntar uma pedra, e fez uma cara meio estranha, já olhando de canto de olho pra nós. Juntou um cocô de cachorro. Nada mais justo nessa situação, que todos outros caissem na "gaitada", reação que todos tiveram.
Como nunca fui uma pessoa que se satisfaz com pouco, não me contentei em apenas rir, tive que debochar. E por muito tempo.
Debochadinhas inocentes, do tipo: - Oi, eu sou o Lula, eu amo cocô.
Não era engraçado, mas servia pra não deixar a situação constrangedora cair no esquecimento.
E também não tinha como ser mais engraçado que ver o Lula segurando aquele charuto na mão.
Dias se passaram, estávamos nós caminhando em direção a sociedade Orpheu no centro de S.L., ansiosos pelo show da Tequila Baby, que era unanimidade na preferência da galera,  quando como de costume me abaixei para pegar uma pedra.
Acho que nem preciso descrever a textura e consistência da pedra que ajuntei.
Posso me fazer entender apenas relatando o fato de todos, dentre eles o Lula, começarem a gritar e a chorar de rir.
Sabe por que eles riram muito mais de mim do que do Lula?
O Lula catou um marujo já sequinho, durinho, fácil de limpar.
E o que eu peguei...bem... chegou a entrar por debaixo da unha, dada sua cremosidade e frescor.
Não teve graça.




Parido por Maicon Wallauer

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Amigos pra toda hora.

Na vida acontecem coisas que mesmo sem muito planejamento, ficam marcadas pra sempre. Claro que pra alguns darem boas risadas, outros tem que ficar putos. Nesse caso puta, no sentido mais usual da palavra.
Acho que todo mundo tem um amigo que não come ninguém, mas ninguém mesmo. E claro, temos o nosso.
Em tempos onde o pessoal só queria saber de derreter o pistão, esse nosso amigo (que aqui vou chamar de Tiago), não pegava nada. O estranho era que ele parecia não estar ligando pra isso.
Então o Roberto, irmão gemeo do Tiago, junto comigo, Dudu e outros amigos, resolveu acabar com a lenda do penis virginiano que seu irmão ostentava. Tivemos uma idéia maluca, sem sentido e impensada de... de... de... PAGAR UM MENINA DA VIDA pra ele.
O problema era que o Tiago nunca iria aceitar, mediante a esse empecilho, não tivemos outra escolha. Mentimos. Na cara dura.  
Como iria rolar a festa na casa do Dudu, ambiente natural para se dar uma esvaziada no encanamento, falamos pro Tiago que teríamos que sair no meio da festa pra ir buscar a "prima" do Dudu, que estava chegando na rodoviária da cidade vizinha.
E a festa começou, sem muito pensar, juntamos a grana dos envolvidos, e partimos para buscar a "prima" do Dudu na outra cidade.
Obviamente já tínhamos deixado uma meia-historia contada para o Tiago... - O nome dela é Mel (Fornecedora de transas que trabalhava na cidade vizinha, e já era bem conhecida da galera, menos do Tiago), é loira e bem bonitinha. BELEZA!
 Chegando no recinto pagão, por fanfarronice do destino, a Mel não estava lá. Desmontando nosso plano.
Mas gaudério véio não se entrega, não se abate e não se rende.
Pegamos uma loira, bonita, corpinho meia-boca, mas que dava pra perder uma meia hora.
No caminho pra casa do Dudu, fui explicando nossa historia, contando sobre o Tiago,  e esperando pela negativa dela.
Para espanto geral dos que se encontravam no interior do veiculo, ela topou na hora! Achou a idéia super bacana, e disse que iria entrar nesse jogo.
Chagando na casa do Dudu, o Tiago estava lá na frente, tomando uma cerveja bem na dele.
Eu chego pra Mel, e falo: - Aquele ali, chega, cumprimenta, e depois fica olhando, dando mole mesmo, que eu vou entrar na mente dele.
E ela foi, fez tudo direitinho, conversava, olhava no olho dele, fazia carinhas, jogava cabelo pro lado, pro outro, e o Tiago mais lento que funcionário publico na sexta-feira a tarde.
Cheguei no Tiago, falei: - Cara, moh gatinha essa Mel hein, e sabe o que mais? Tá na cara que ta afim de ti. Logo que chegamos ela já te viu e perguntou "quem era o gatinho". Tá na mão meu querido, cai dentro.
E lá foi ele, deu mais uma conversada, até que tomou coragem e foi pra cima. Trocou uns beijos, enquanto ela já pensava que o tempo estava passando e tinha que terminar a missão logo, convidou ele para ir pro quarto. Simples.
Assim que entraram no quarto, Dudu e eu, no melhor estilo coisas que aprendemos em seriados infantis, pegamos um copo cada um, e fomos na parede tentar ouvir o que rolava no quarto.
Claro que durante toda esse acontecimento, as outras pessoas da festa, riam, de se lavar de rir.
Não conseguíamos ouvir nada de dentro do quarto, apenas uma conversinha baixa, barulhos de beijos, e mais conversa.
Eu apavorado que a hora acertada com a menina estava acabando, resolvi uma manobra de aceleração de acontecimentos, simulamos uma ligação telefônica na casa do Dudu, e dissemos pra Mel que era o pai dela, para que ela saísse do quarto para atender.
Ela saiu, eu entrei.
Enquanto o Dudu falava com ela para que fosse mais agressiva no ataque, eu falava com ele pra comer ela de uma vez, que ela estava afim e que essa era uma super oportunidade de ele molhar o bisturi. E assim foi. Mais ou menos 10 min. restando do tempo. O Tiago enfim mergulhou o marujo.
Sairam do quarto pois ela tinha que ir embora. Afinal, o pai dela havia solicitado por telefone que a levássemos assim que fosse possível.
Quando ela foi entrar no carro, o Dudu vira pro Tiago e diz: - Cara, tu fica com a minha prima, leva ela pro quarto, faz sei lá o que com ela, e agora vai deixar ela ir sem nem um beijo de despedida?
- Deixa pra mim. Respondeu ele.
E foi nesse momento, que ele a pegou pela cintura, e deu um beijo de cinema.
E também nesse exato momento, que eu senti minhas pernas enfraquecerem a ponto de eu ter que me deitar na grama, rolar, e re-rolar. Sentindo no corpo o efeito devastador que a maior risada que dei na minha vida causou.


Relatado por: Maicon Wallauer

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Em um reino muito, muito distante.

Em tempos de blogs, mini blogs, vlogs, etc... Pensei eu, What the hell? Vou fazer a mesma coisa.
Mas admito aqui, que estou meio cansado de abrir centenas de abas com blogs diferentes, e ver posts sobre as mesmas coisas, fazendo praticamente as mesmas piadas.
 Fiquei muito tempo pensando (uns 17 seg +ou-) em como fazer um blog, que seja interessante, que faça com que as pessoas leiam ele por se interessar pelo conteúdo, e não apenas para ver comentários engraçados no modo random select de ler.
Pensei: - Preciso ser original, ter entre outras coisas, algo que ninguém vai poder escrever primeiro, que ninguém vai ler e dizer " Rááá! Já li essa palhaçada antes".
Foi exatamente nesse momento que uma idéia revolucionária, que com certeza vai me levar a sentar no sofá do Jô Soares, me veio a cabeça. - Vou contar histórias!  
Mas claro, histórias que aconteceram na nossa vida, que marcaram inúmeros churrascos da galera, histórias que quando lembradas, provocam as mesmas risadas que provocaram quando aconteceram.
Simples assim.  
E essa merda acima, foi nosso primeiro post.

Culpado: Maicon Wallauer